Especialistas do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (SENASA) da Argentina e do Serviço Agrícola e Pecuário do Chile se reuniram em Mendoza para definir as bases dos sistemas de inteligência sanitária e fitossanitária que implementarão de forma conjunta, com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
No encontro foram definidos conceitos e objetivos, identificaram ferramentas e traçaram as linhas de trabalho iniciais, relacionadas com a melhoria da vigilância fitossanitária por meio do desenvolvimento de tecnologias, a elaboração de informes sobre ameaças internacionais e a geração de modelos epidemiológicos para pragas de interesse.
Ricardo Luis Negri, presidente do SENASA, destacou a necessidade de gerar sistemas que permitam atender as variáveis que hoje complicam a proteção sanitária e fitossanitária, de modo que forneçam elementos objetivos para tomar decisões.
Tais mecanismos devem ser aptos a aumentar sua complexidade a médio prazo, agregou, toda vez que se prevê que se multipliquem as variáveis por atender.
O desenvolvimento dos sistemas se baseia na integração das ferramentas tecnológicas inovadoras. O objetivo é apoiar os processos de tomada de decisões com apoio científico e técnico, atendendo o contexto territorial, com um uso eficiente dos recursos.
Marco Muñoz Fuenzalida, chefe do Departamento de Sanidade Vegetal do Serviço Agrícola e Pecuário do Chile, destacou a importância de contar com um sistema que permita alertar sobre as ameaças fitossanitárias, priorizá-las para sua atenção e fornecer alternativas para sua abordagem.
O papel indelegável do Estado em manter a sanidade da produção e a inocuidade dos alimentos foi sinalizada pela Argentina, que também considerou a relevância do setor privado neste âmbito.
O IICA, com uma perspectiva tecnológica e de atenção a temas emergentes, forneceu apoio técnico e financeiro a esta iniciativa, como uma forma de antecipar e aumentar a capacidade de resposta nos temas que afetam seus países membros.
O instituto também coordenou a participação de especialistas do Serviço Nacional de Sanidade, Inocuidade e Qualidade Agroalimentar (SENASICA) do México e do
Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal, agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA/APHIS).
