Agricultura

Com irrigação subterrânea, produtor de cana colheu 89 ton/ha com 20 cortes

O gotejamento subterrâneo é a forma mais eficiente de fornecer água e nutrientes as plantas porque entrega as quantidades ideais de acordo com as fases do seu cultivo, no momento certo e diretamente na raiz da planta. Na cana-de-açúcar, a irrigação localizada foi uma revolução na tecnologia de produção dessa cultura, pois além de aumentar a produtividade, elevou a longevidade do canavial.

A solução de irrigação por gotejamento otimiza o aproveitamento da área, reduz o uso de recursos como água e energia, além de garantir maior eficiência na nutrição das plantas através de técnicas como nutrirrigação e drip protection.

Visando todos esses benefícios, em 1996, uma das principais usinas de Alagoas, investiu na irrigação subterrânea por gotejamento. O projeto piloto, instalado em 17 hectares da Fazenda Daniele, pertencente a Usina Reunida Seresta, hoje tem um dos melhores resultados do estado.

A fazenda fica localizada no município, Teotônio Vilela (AL), que tem clima quente, verões secos, invernos chuvosos, índice pluviométrico de 1.400 mm e solo tipo franco arenoso. Todas essas condições foram um desafio para produção rentável da cana na região. “A irrigação inteligente é essencial nesses casos, justamente por servir como uma garantia contra os riscos de distribuição irregular das chuvas, permitir o aproveitamento de 100% da área cultivada, além de ser possível realizar aplicação dos fertilizantes via sistema de irrigação e utilizar menos água”, explica o especialista agronômico da Netafim/Amanco em cana-de-açúcar, Daniel Pedroso.

“O projeto implantado pela Netafim/Amanco superou as expectativas, pois esperávamos uma média de 100 ton/ha em 10 cortes, visto que em nossa região a média é de 55 ton/ha em 5 cortes. Porém, o projeto Danielle manteve uma estabilidade de produção durante todo o ciclo e está com uma média de 89 ton/ha em 20 cortes. Foi com base nesse piloto que ampliamos a tecnologia para uma área comercial de 3.083 ha”, conta o Gerente Agrícola da Fazenda, André Borges.

Fundada em 12 de abril de 1973, durante a expansão canavieira no Brasil, a Usina Seresta surgiu da união de dois grandes empresários alagoanos: Teotônio Vilela, da Usina Boa Sorte, localizada em Viçosa (AL), e Geraldo Gomes de Barros, da Usina Santa Amália, de União dos Palmares (AL). Hoje a Usina é uma das maiores do estado, com um quadro fixo de mais de 700 colaboradores e com capacidade produtiva de 1.450.000 toneladas por safra.

O clima instável, falta de recursos hídricos e o custo elevado de terra são alguns dos principais obstáculos do produtor de cana-de-açúcar na busca por melhores rentabilidades. Neste sentido, o investimento em irrigação por gotejamento tem ajudado a intensificado os ganhos e reduzido os custos operacionais.

Visando ajudar o produtor a expressar o máximo potencial de suas lavouras, a Netafim/Amanco desafiou o mercado e foi pioneira no desenvolvimento da irrigação por gotejamento para a cultura. Esta prática, além de sustentável torna possível “irrigar todo canavial sem impedir a utilização de maquinários na lavoura, facilitando o manejo do canavial, além de dar respostas crescentes de produtividade, longevidade e ATR (Açúcar Total Recuperável)”, acrescenta Pedroso.

A agricultura de precisão está cada vez mais presente no campo como uma ferramenta de auxilio no desenvolvimento sustentável do agronegócio, além de ajudar nas tomadas de decisão mais assertivas na gestão dos negócios.

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