Na reta final do cultivo do algodão, a previsão é que a Bahia tenha uma produção de 1,5 milhões de toneladas (caroço e pluma) com uma produtividade de 300 arrobas /hectare. A previsão é de crescimento de 15% na produção em relação ao ano passado baseado no incremento de 25,5% de área cultivada, principalmente na região Oeste da Bahia, alcançando os 331.028 mil hectares. Os dados são da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) em ultimo levantamento, que mantém a expectativa da entidade para mais uma boa safra, consolidando a retomada da produção da fibra no estado depois das perdas por conta da estiagem prolongada na safra 2015/2016. A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, com a participação de 25% da safra nacional.
“Em meados de maio, as lavouras encontram-se em fase reprodutiva, em suas maiorias com estruturas do terço médio e superior já definidas, algumas situações já com 60% de destas estruturas observadas são capulhos o que sinaliza início de colheita no prazo de 30 dias. A recomendação é que os produtores continuem firmes e atentos nos últimos cuidados em relação ao manejo no combate a pragas e doenças até a colheita, o que na maior parte das áreas agrícolas, deverá ser iniciada em junho”, reforça o presidente da Abapa, Júlio Busato.
Cerca de 40% do algodão baiano é exportado para países asiáticos, como Indonésia, Bangladesh e Vietnã, e 60% é comercializado para as indústrias têxtis no Brasil. “Temos uma qualidade da pluma reconhecida pelo mercado e estamos tentando avançar ainda mais. O produtor tem investido em tecnologia, máquinas, insumos, variedades, buscando sempre aumentar a produtividade e reduzir o custo”, afirma Busato. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), a exportação do algodão atingiu recorde com o embarque de 1,04 milhão de tonelada de pluma entre julho de 2018 e abril de 2019, o que pode levar o País a se tornar o segundo maior exportador de algodão do Mundo.