Em maio do ano passado, o preço do algodão em pluma no Brasil atingiu o seu ápice dos últimos três anos, porém, de lá para cá, as cotações passaram a registrar um movimento de declínio gradual. O motivo desse declínio, segundo operadores de mercado, é a baixa liquidez. A cultura, que vive uma boa safra, observa um ritmo fraco nas comercializações.
No último fechamento do indicador BBM, o algodão apareceu no patamar dos R$ 2,85. “Uma das razões para a queda de um ano para cá é o desaquecimento da demanda mundial, que foi intensificada pela disputa comercial entre Estados Unidos e China. Aliado a isso também há a superprodução nos principais países produtores como EUA e Brasil”, explica João Paulo Lefèvre da Lefèvre Corretora e presidente do Conselho Administrativo da Bolsa Brasileira de Mercadorias.
Enquanto o ritmo das comercializações diminui, a formalização nos negócios envolvendo o algodão em pluma brasileiro vem aumentando. O movimento é constatado a partir do Sistema de Informações de Negócios com Algodão em Pluma. O Sinap é uma ferramenta da Bola Brasileira de Mercadorias exclusiva para o mercado de algodão em pluma.
As corretoras atuantes na Bolsa e outras, já estão preparando seus clientes para o futuro por meio da assinatura digital dos contratos. “A possibilidade da assinatura digital, dentre um pacote de serviços da BBM, é uma nova ferramenta que confere ainda mais segurança aos contratos registrados no Sinap”, declara Rodrigo Santiago, corretor da Santiago Corretora e presidente da Junta dos Corretores de Algodão. “Na minha opinião, é um recurso que brevemente será utilizado em 100% dos contratos registrados na Bolsa”, torce.
A opinião é pactuada por quem está na ponta compradora. “Rapidez e segurança com economia de cartório, office boy, papel e correios”, resume o cliente Miguel Faus da Omnicotton Agricomercial.