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Potencial do mercado chinês para carne bovina também é grande

Scot Consultoria – A China é a segunda importadora mundial de carne bovina. Em 2018 importou 1,04 milhões de toneladas de carne (MLA, 2019). A população chinesa representa 18,8% da população mundial, com 1,45 bilhões de pessoas (FAO). Ao analisarmos os principais exportadores de carne bovina para o país, notamos a crescente importância da carne brasileira para esse mercado (figura 1).

O Brasil, em cinco anos, saltou da quinta posição para a primeira sendo que, em 2018, foram embarcadas 322,69 mil de toneladas de carne bovina brasileira, ou 31% das importações chinesas. O Uruguai, em segundo lugar, exportou 218,55 mil toneladas (figura 2). Em terceiro lugar aparece a Argentina com 180,37 mil toneladas, em seguida temos a Austrália e ocupando a quinta posição, a Nova Zelândia.

Em relação à importância desse mercado para o Brasil, em 2018, 43% do volume total exportado de carne bovina brasileirfo destinado à China e Hong Kong, sendo 19% para a China e 24% para Hong Kong (ABIEC).

Quanto ao faturamento a distribuição é diferente. Mesmo representando 24% do volume, a exportação para Hong Kong representou 21% do faturamento, enquanto a China representou 22% (ABIEC). Do que exportamos para a China os cortes do dianteiro somam maior volume, em relação aos cortes do traseiro. Já para Hong Kong, aproximadamente 50% do volume é do corte do músculo do traseiro (ABIEC).

Em contrapartida, de acordo com o MLA, a demanda de Hong Kong para carne premium e salgada tem aumentado de forma constante ao longo dos anos e a Austrália é o principal parceiro comercial. Hong Kong tem um mercado de serviços alimentícios desenvolvido, que é consumido pelo grande número de turistas e conta com um consumo de carne vermelha significativo, são aproximadamente 30,65kg/habitante/ano (USDA). É uma região importante para a reexportação, particularmente de carne congelada.

Com o mercado de carne chinês aberto para mais fornecedores e com a reforma na política de importação, provavelmente em alguns anos a reexportação de Hong Kong deva diminuir (MLA, 2019).

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