Os produtores artesanais de doces, cafés, queijos, azeitonas, hortaliças, frutas, entre outros produtos, estão otimistas com os primeiros dias de participação na Agrishow 2019 – 26ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação. Instalados na Arena do Produtor Artesanal, estão atraindo inúmeros visitantes que vão em busca de novidades, como as oferecidas pela Queijaria Três Reis, de Medeiros (MG), da região da Serra da Canastra. O dono Weber Chuvinel diz que não vence atender os pedidos.
Thiago Reis, proprietário do Pedacinho da Canastra, de Ribeirão Preto, participou da Agrishow pela primeira vez em 2018 e gostou do desempenho. Em seu estande, como em seu e-commerce, ele vende queijos, doces, molhos, licores e cachaças artesanais. O carro-chefe é a carne de porco na banha. “No ano passado vendi quase 500 quilos dessa carne”, afirma Reis, que também dispõe de um maturador de queijo desenvolvido em parceria com um artesão local. Sobre o desempenho na Agrishow, Reis garante que teve alta nos negócios em torno de 20% no primeiro dia e 100% no segundo dia de feira, em comparação com os mesmos períodos do ano passado.
Agda Rita Rodrigues Melo, de Alpinópolis (MG), voltou pela segunda vez à feira com o Doces Ventania, comercializando o doce de leite feito em caldeira a vapor num processo que dura 12 horas e não contém conservantes. Ela vende o doce a granel e junto comercializa outros produtos de terceiros, como queijos, bananada e goiabada. Fernando Rotondo e a mulher Sibele estão deslumbrados com a primeira participação na Agrishow da empresa familiar Ouro de Sant’Ana, que produz azeite e azeitonas em Sant’Ana do Livramento (RS), na fronteira com o Uruguai. “Estamos com boa aceitação”, afirma Rotondo.
O estande Mulheres Rurais de Itanhaém, patrocinado pela prefeitura de Itanhaém (SP), é um espaço dividido entre três agricultoras familiares: a cidade está entre as 15 primeiras do país a receber o selo do governo federal “Aqui tem mulher rural”. Patrícia Ricomini produz banana e comercializa farinha de banana e antepastos. Genoveva Gonçalves e o filho Marcos Gonçalves Jesus produzem e vendem palmito pupunha e diversas hortaliças orgânicas, além de farofa de soja. Ana Lúcia dos Santos Silva produz banana, mandioca e batata-doce e está vendendo na Agrishow suas geleias e licores de banana. “Estou sonhando ainda”, diz Ana Lúcia.
A Casa Veronezi, de Dumont (SP), é uma grife conhecida pelas tradicionais produções de mais de 200 itens de suínos (especialmente as linguiças) e está pela primeira vez na Agrishow. A proprietária Cristina Veronezi garante que está valendo o investimento feito para participar da feira, a fim de dar “visibilidade” à empresa e de buscar novos nichos de mercado devido aos visitantes de todo o país que passam por Ribeirão Preto neste período.
Graziela Pestana Castro, dona da Pietá Café, de Altinópolis (SP), é outra estreante como expositora na Agrishow. Ela é cafeicultora, mas há dois anos produz o próprio café e o vende. Sempre visitava à Agrishow e foi convidada a expor seus produtos. “Todos os meus objetivos estão sendo concretizados”, afirma Graziela, que criou rótulo especial “Agrishow 2019” de seu café. No estande, ela montou uma linha de produção em miniatura e vende café pronto, verde, torrado e em grãos.
Juliana Marsola, sócia da Vinatrois Vinhos, de Ribeirão Preto (SP), está divulgando o curso de introdução ao mundo do vinho, que estará disponível em breve, além de representar e vender algumas marcas. Ela faz a divulgação institucional da empresa e está satisfeita com os contatos na feira, pois pretende atuar com seus três sócios em cidades num raio de 200 quilômetros. A Invicta é uma fábrica artesanal de cerveja, de Ribeirão Preto, e também faz a divulgação da marca pela primeira vez na Agrishow, vendendo souvenires, sem venda para consumo na própria feira, já que só produz cerveja em garrafa ou barril. Os funcionários Marcelo Carrara Fonseca e Danilo Mendes Crescencio estão incumbidos da divulgação da marca.
Outra pessoa entusiasmada é Liliana Rossi, proprietária do Clube do Mel, também de Ribeirão Preto. A loja é virtual e essa é sua primeira experiência com loja física. “Está compensando muito”, diz Liliana, que seleciona marcas, faz curadoria e revende produtos à base de mel e própolis de produtores de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Ela explica que as vendas são sazonais pela internet e que o inverno é o melhor período.