A ministra Tereza Cristina informou que o presidente Jair Bolsonaro deverá comparecer a jantar organizado com representantes do mundo árabe e islâmico, amanhã, dia 10 de abril. “Estive conversando com o presidente Bolsonaro, contando a ele, na quinta-feira passada, e ele me disse ‘vou-lá’. Tomara que vá. Será muito bom se ele puder ir”, adiantou a ministra sobre o encontro que deverá acontecer na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) com a presença de embaixadores desses países.
“O mercado islâmico, os muçulmanos e os árabes, são grandes compradores de milho, soja, proteína animal. É um mercado importantíssimo para esse segmento. Houve um mal-estar, que tenho tentado contornar, recebendo todos os embaixadores no ministério, conversando, explicando”, disse a ministra, ao falar sobre desafios de sua gestão no Mapa.
“E, agora na quarta-feira, haverá um jantar que ofereceremos, o Ministério da Agricultura, a CNA. Eu pedi a CNA que organizasse esse jantar, para que a gente receba 51 embaixadores do mundo árabe. São 51 confirmados. Vamos dizer o seguinte: continuamos aqui, somos grandes fornecedores, queremos continuar essa parceria, essa cooperação comercial. O Brasil continua sendo o melhor parceiro que vocês podem ter. Então, espero que todos esses que confirmaram estejam lá”, disse a ministra.
Ao ser questionada sobre a aproximação do presidente da República com Israel, no fim do evento, Tereza Cristina, comentou: “O presidente Bolsonaro, desde sua campanha, sempre deixou claro essa sua aproximação política, ideológica com Israel. Uma coisa é essa identificação, outra coisa é o comércio. Israel é um país pequeno, que tem uma balança comercial com o Brasil muito pequena. Nós temos muito para trazer de Israel de tecnologia, intercâmbios estudantis. Mas na parte de venda, nós temos os países árabes que são importantíssimos e são amigos do Brasil há muitos anos”, explicou.
A ministra falou também das relações com a China, que é o principal parceiro comercial do agro brasileiro, um dos destinos de sua viagem no próximo mês, além do Japão e o Vietnã. Comentou ainda sobre o interesse na Indonésia, para onde também deverá ir em missão comercial, e sobre as relações com a União Europeia e Estados Unidos. “A Europa está com crescimento pífio, os Estados Unidos são autossuficientes e nossos competidores. A África compra pouco. Mas podemos olhar a Ásia além da China. Temos ainda muito a prospectar”.
Acrescentou que a China é um grande parceiro do Brasil e que vai continuar sendo. “Temos que dizer para China e é, por isso, que eu estou indo para lá, no mês que vem, para dizer: somos parceiros confiáveis, entregamos produtos de qualidade, com bons preços e o volume que vocês precisam. E não existe país amigo ou país inimigo, amigos, amigos; negócios à parte. E o Brasil precisa continuar sendo amigo de todos aqueles que querem comprar os nossos produtos. É isso que no Ministério da Agricultura estamos fazendo”.
Sobre a Indonésia, destacou ser um grande país com quase 300 milhões de pessoas. “Nós temos muito a trabalhar. Também estou indo lá, depois da China. Vou ao Japão e ao Vietnã, que está pronto para comprar vários produtos do nosso país. E, depois, à Indonésia, porque eles também querem uma conversa olho no olho com o Brasil”.