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Com certificação e bonificação, Verde Campo capta leite para queijos e iogurtes

A Verde Campo se comprometeu a fabricar apenas produtos sem conservantes, corantes ou aromas artificiais e levou o conceito Nada Além da Natureza às prateleiras no fim de 2018. Atingir esse objetivo não é fácil. Para que o iogurte chegue ao consumidor saboroso e seguro, foi preciso começar cinco anos antes, com a melhora de seu principal ingrediente: o leite. A empresa foi ao campo aprimorar processos, ensinar boas práticas e certificar 180 produtores. Hoje, a companhia recebe mensalmente 4,5 milhões de litros do melhor leite do País, com um padrão microbiológico 30 vezes melhor do que o brasileiro e dez vezes que o europeu.

 

Como leite e seus derivados são altamente perecíveis, para retirar conservantes sem alterar os prazos de validade praticados pelo mercado, era preciso diminuir a quantidade de microorganismos presentes em cada litro. Para isso, a Verde Campo aplicou quatro certificações, auditadas externamente: boas práticas de produção, bem-estar animal, conformidade social e ambiental. Para atrair pecuaristas para atenderem esses rigorosos padrões, a companhia criou um programa de bonificação que chega a pagar até 40% a mais em valor variável pelo produto.

 

O leite processado pela fábrica em Lavras, no Sul de Minas, atende um padrão muito acima do tradicional. Enquanto a legislação brasileira estabelece que o leite cru apresente Contagem Bacteriana (CBT) máxima de 300 mil unidades por mililitro e a lei europeia limita a 100 mil/ml, o produto recebido pela Verde Campo conta com apenas 10 mil unidades por mililitro.

 

Outra métrica importante para garantir sabor e segurança do leite é a contagem de células somáticas (CCS). O leite da Verde Campo conta com somente 230 mil células por mililitro, muito abaixo das 500 mil células aceitadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

 

“Levar alimentos naturais aos consumidores significa voltar às origens, ao campo, e esse foi o primeiro passo, unindo ciência e natureza” – – explica Savio Santiago, gerente de captação de leite da Verde Campo – “Graças a taxa microbiológica diferenciada, nossos produtos podem ser livres de conservantes, mais naturais e saudáveis, levando para a mesa do consumidor apenas aquilo que gostaríamos de consumir”.

 

Sem um leite de alta qualidade, o posicionamento “Nada Além da Natureza” seria impossível, mas os esforços não pararam por aí. Também foi investido R$50 milhões em novos equipamentos para a fábrica, que automatizaram o processo produtivo e capacitaram funcionários. Além disso, novas receitas foram desenvolvidas substituindo corantes por beterraba, cenoura ou suco de maçã. Ainda fornecedores de toda a cadeia tiveram que modificar processos para retirar conservantes das polpas de frutas, por exemplo.

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