O diretor executivo da Sociedade Rural Brasileira (SRB) João Francisco Adrien Fernandes foi nomeado nesta sexta-feira, 08 de março, Chefe da Assessoria de Assuntos Socioambientais do Ministério da Agricultura. Na pasta comandada por Tereza Cristina, Adrien terá a missão estruturar uma agenda de conciliação entre o setor produtivo e as demandas ambientais com um viés de eficiência e planejamento, além de apoiar outros assuntos estratégicos.
Neto e filho de agricultores, João Adrien é produtor rural no interior de São Paulo. Formado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), ingressou na SRB 2010 com a missão de estruturar o departamento Rural Jovem, grupo da entidade dedicado a engajar e mobilizar as novas gerações do setor. Em 2013 a Rural Jovem transformou-se no Comitê de Liderança e Juventude, criado com o desafio de formar novas lideranças e gestores para o agronegócio.
Durante os oito anos na SRB, Adrien auxiliou a entidade a identificar as prioridades e tendências da agenda ambiental do País, propondo discussões no âmbito do setor produtivo a fim de garantir que o produtor rural fosse o principal protagonista das discussões ambientais. Liderou debates e ações envolvendo o Código Florestal, a regulamentação das Cotas de Reserva Ambiental (CRA), questões de bem estar animal, além do acesso de produtores rurais a linhas de financiamento, como o seguro rural e o crédito rural. Além disso, participou da estruturação do grupo multissetorial que deu origem à Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
O futuro assessor carrega um histórico de defesa de inclusão do produtor rural nas mesas de negociações da agenda ambiental. Dessa forma, sugere Adrien, as propostas podem ser mais realistas e ancoradas em posições menos radicais: “Como um dos principais agentes da agenda da sustentabilidade, o produtor rural deve ser interlocutor e ter voz ativa nesse tema”.
No ano passado, Adrien liderou a comitiva da SRB na 24ª Conferência do Clima da ONU, a COP 24, em Katowice, na Polônia. Nos painéis de discussão, defendeu que os investimentos feitos pelos produtores brasileiros precisam ser reconhecidos pela comunidade internacional e remunerados pelo mercado, gerando oportunidades econômicas e de negócios para o País: “A sustentabilidade deve ser um fator de competitividade para o agro e não apenas um custo para a atividade produtiva”. Em 2015, também esteve na COP 21, na França, onde participou das negociações que definiram as regras de implementação do Acordo de Paris.