A Expodireto Cotrijal começa hoje, dia 11 de março. O espaço estará diferente este ano, com 182 bancas e 186 empreendimentos de 116 municípios do estado terão um novo layout, mais adequado à atividade agrícola. No pavilhão, serão disponibilizados produtos coloniais de agroindústrias legalizadas pelo Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf). O visitante poderá adquirir embutidos, queijos, sucos, doces, vinhos, cachaças, laticínios, erva-mate, artesanato, plantas e flores.
O produtor Vanderlei Bini, de Não-Me-Toque, está na maior expectativa: ele vai participar pelo nono ano da Expodireto. “São sempre 250 mil a 300 mil visitantes. É uma feira que nunca decepciona, ou é boa ou é acima da expectativa”, afirma ele. Neste ano, além dos embutidos da Agroindústria Bini, como salames, bacon, torresmo, ele traz uma novidade: os queijos da nova agroindústria, a Lácteos Auler. Vão ser comercializados queijos coloniais, temperados e parmesão. A produção semanal de queijo é de 150 quilos e a de embutidos chega a 400 quilos. E toda a matéria-prima é produzida na própria propriedade, que tem mão de obra familiar Nesta semana, Bini comemorou a sua inscrição no Susaf, que vai permitir a comercialização em todo o estado do Rio Grande do Sul. “Vai abrir porteiras, de repente podemos pensar em colocar um ponto de comercialização nas cidades mais próximas, como Carazinho e Passo Fundo”, planeja. Mas diz que vai pensar nisso mais para a frente, pois agora todo o empenho é para a feira que começa na segunda-feira.
Já o produtor Leonardo Machado, do município de Viadutos, no noroeste do estado, vai participar pela primeira vez da Feira. Segundo ele, “a expectativa é a melhor possível. Principalmente de conseguir boas vendas”. Machado produz diferentes tipos de mel com o selo Sabor Gaúcho: eucalipto, uva japão, envasados em garrafas e potes. Na sua página no facebook (@melmachadoviadutos), diversas receitas com mel estão disponíveis para os consumidores. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de mel do país “O pavilhão da Agricultura Familiar é uma referência em todas as feiras. E para este ano, com novo layout, bem parecido com o que foi desenvolvido para a Expointer, os visitantes vão se sentir mais próximos dos produtores”, afirma o diretor de Agricultura Familiar e Agroindústria da Seapdr, José Alexandre Rodrigues.
E a expectativa é também de crescimento nas vendas. Em 2018, elas superaram a marca de R$ 1,089 milhão, o que representou aumento de 4% em relação à edição de 2017, que foi de R$ 1,045 milhão O pavilhão é uma parceria da Secretaria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-Sul) e a Emater.
Para participar das feiras apoiadas pela Seapdr, as agroindústrias devem estar inclusas no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf). Após a inclusão, o empreendimento está habilitado para solicitar a autorização de uso do selo Sabor Gaúcho em seus produtos. O selo é sinônimo de produção oriunda da agricultura familiar. Além do apoio às agroindústrias, o Peaf dá aos consumidores a segurança de adquirir um produto rigorosamente em conformidade com as leis sanitárias e ambientais.
Além do Pavilhão da Agricultura Familiar, a Secretaria da Agricultura também vai estar presente no 4º Fórum Estadual de Conservação do Solo e da Água, no Fórum do Trigo e no Fórum Florestal, que neste ano vai debater os papéis do produtor, da indústria, da pesquisa e da extensão rural na cadeia da erva-mate. Todos os eventos acontecem no Auditório Central da feira.