Já é de conhecimento geral que a união do ecossistema de startups focadas em agronegócio e de grandes empresas do setor é promissora e pode gerar grandes frutos. O Brasil possui um grande potencial para crescer, ainda mais, neste segmento. O ano de 2018, por exemplo, mesmo que conservador, o setor agro impulsionou um avanço no PIB (Produto Interno Bruto) bastante positivo, crescendo 2,5% e registrando R$ 61,9 bilhões. Segundo o IBGE, a alta se deve principalmente à lavoura , que teve safra relevante no terceiro trimestre e também pela produtividade refletida na relação entre produção e área plantada.
Um dos desafios vigentes para quem trabalha neste meio, por exemplo, é alimentar a população mundial que alcançará 9 bilhões de habitantes em 2050, segundo previsões. Em prol do futuro, empresas desenvolvem e pensam uma realidade populacional com menos desperdício, melhor distribuição de recursos, fontes de energia renováveis, entre outros pontos. Grandes nomes do setor público e privado de todo o Brasil trabalham em prol desta demanda seja na conexão de investidores com agtechs, investimento em pesquisa ou como agtechs no desenvolvimento de soluções para o campo.
De acordo com recente mapeamento da ABStartups (Associação Brasileira de Startups) o país conta hoje com 182 agtechs ativas. Como expoente de sucesso no meio das startups, esta a Agrosmart, plataforma de agricultura digital líder na América Latina, que tem como principal objetivo ajudar produtores rurais a tomarem melhores decisões no campo e serem mais resiliente às mudanças climáticas. O uso do sistema permite economizar até 60% de água, 30% de energia e aumentar a produtividade em até 15%, tornando o cultivo mais inteligente.
Como exemplos de empresas brasileiras destinadas a investir em inovação no meio agro, a SP Ventures, que realiza a compra de participação acionária em empresas de tecnologia inovadora e com alto potencial de crescimento. O objetivo é tornar-se sócia de empreendedores com potencial de transformar o país. Além de investimento financeiro, a equipe da SP Ventures trabalha intensamente com os seus empreendedores para transformar pequenos negócios em grandes companhias de alto impacto.
Já a Fundepag, com seus 40 anos de história, incentiva pesquisas em todos os setores que compõe o meio agro: horticultura, pecuária, pesca, entre outros. Ela aproxima pesquisadores, institutos, hubs de inovação e de novos negócios em expansão e ecossistema de empreendedorismo em prol do crescimento do setor. Com atuação nacional, a Fundepag tem hoje como parceiros mais de 48 organizações de ciência e tecnologia e já realizou mais de mil eventos de transferência de conhecimento, 6 mil projetos, além de contar com mais de 2.500 financiadores públicos e privados.
Unindo estes pilares, o setor agro nacional garante mais longevidade e eficiência para cumprir os desafio que virão. O segmento mais rico do país tem um horizonte tech e próspero a sua frente.