A pecuária brasileira pode vir a se beneficiar no comércio internacional em consequência das fortes enchentes ocorridas em fevereiro na Austrália. As inundações atingiram 13 milhões de hectares no noroeste de Queensland, onde está a maior parte do rebanho australiano.
Calcula-se que havia cerca de 1 milhão de bovinos nessa área, o que deve reduzir a oferta australiana de gado vivo e carne bovina para o mercado externo.
O setor pecuário avalia que a diminuição do rebanho australiano abrirá espaços para que outros exportadores de gado em pé ampliem suas vendas. O Brasil é, hoje, um dos principais vendedores de bovinos vivos e poderá elevar os embarques.
Além disso, a projeção é que as vendas externas de carne bovina australiana recuem de 2% a 3%, fatia que também deve ser ocupada por outros exportadores, entre os quais o Brasil.
Em 2017, a Austrália foi o terceiro maior exportador mundial de carne bovina, atendente países como o Japão, os Estados Unidos, a Coreia do Sul, China e a Indonésia.