Apesar do veranico que atingiu o Oeste da Bahia, em janeiro, a expectativa dos produtores baianos em relação à cultura do algodão ainda é bastante elevada. Depois de duas safras de algodão que atingiu produtividade média de 320 arrobas/hectare, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) acredita que a produção baiana registrará uma nova safra recorde. Com 100% do algodão baiano semeado, a entidade manteve a estimativa de incremento de 26,5% da área plantada na safra agrícola 2018/2019, em relação ao último período, contabilizando 332 mil hectares em toda a Bahia. O estado é considerado o segundo maior produtor de algodão do Brasil.
“Por ainda estar em seu estágio inicial e por ser mais resistente, acreditamos que não houve perdas e a cultura ainda pode exercer todo o seu potencial produtivo. As lavouras estão bem formadas em excelente condição. Caso a previsão de chuvas se mantenha, teremos um terceiro consecutivo com uma ótima safra. Os cotonicultores baianos estão de parabéns na forma como estão conduzindo as suas lavouras na utilização do que há de mais moderno em tecnologias e insumos”, afirma o presidente da Abapa, Júlio Busato.
A previsão é que as máquinas estejam em operação para a colheita a partir do mês de junho. A estimativa é um crescimento da produção de 15%, com 1,5 milhão de toneladas de caroço e pluma. Como nas duas últimas safras, os agricultores esperam novamente o encontro entre a produção – que vem atingindo a média de 320 arrobas/hectare – e o preço pago pela commoditie no mercado, garantindo melhor rentabilidade ao produtor. “O mercado internacional, pelo terceiro ano consecutivo, vem consumindo mais algodão do que o mundo produz. Isso é muito importante para o Brasil, que hoje já é o segundo maior exportador de algodão do mundo”, afirma Busato.