Negócios

Aqui brotam novas tecnologias

Em seus canteiros e laboratórios, a Matsuda vem produzindo há mais de sete décadas produtos de ponta para ajudar o produtor a obter cada vez melhores resultados na sua atividade.

Sete décadas de árduo trabalho e muitas conquistas. A Matsuda, que nasceu como é uma das maiores e mais importantes empresas do país no desenvolvimento de produtos e tecnologias para a pecuária, teve muito o que comemorar. Assim, em sua festa de aniversário, a agora septuagenária Matsuda fez o que se esperava dela: de-monstrou aos convidados toda a tecnologia de ponta que vem sendo desenvolvida em seus laboratórios, de novas e melhoradas sementes para pastagem a máquinas e implementos que ajudam o produtor na lida da fazenda. “Olhar para nossa história, que começou com meus avós, e ver onde chegamos é seguramente uma grande vitória. Estar sempre perto do produtor e mostrar que, investindo em tecnologia os ganhos são certos e seguros, sempre foi a nos-sa missão e os seguidos resultados positivos mostram isso”, afirma Leonardo Matsuda, representante da terceira geração da família, que está assumindo os caminhos a serem trilhados nas próximas décadas. Tanta responsabilidade não assusta o jovem executivo. “Meu pai me preparou desde pequeno para tal tarefa, me levando junto aos eventos e me inserindo nas engrenagens da empresa”, explicou, lembrando que não está sozinho nesse desafio. “Eu, o Victor Sammi e o Leonardo Cerise Júnior assumimos essa responsabilidade com orgulho”, garante.

Mas não é só essa parte da nova geração que está empenhada em fazer a Matsuda cada vez maior e mais atuante no mercado. Responsável pelas principais ações de marketing da empresa, Aline Matsuda apresentou durante o evento algumas novidades, entre elas, o novo mascote da marca: o Matsudinha. “Ele estará presente na maioria dos eventos e ajudará no desenvolvimento da imagem da marca pelo país”, explica Aline.

Justa homenagem

Durante a festa, aconteceu também o lançamento de um livro trazendo a biografia de Jorge Matsuda, escrita pelo pesquisador e grande colaborador da em-presa, Fernando Nunes Carvalho. “Tivemos que cor-rer contra o tempo para estar com a publicação pronta para o evento. Mas, valeu a pena. É uma obra belíssima, ricamente produzida, que faz jus ao homenageado e retrata com precisão a importância dele na trajetória de sucesso da companhia”, contou Carvalho, bastante emocionado.

Muito do crescimento e expansão da marca nesse anos se deve, sobretudo, a personalidade, empenho e dedicação de uma pessoa muito especial: Jorge Matsuda. Ele foi o fator decisivo para a grande revolução pela qual a empresa passou nas últimas décadas, transformando-se num grande celeiro de novas tecnologias. Vítima de um sério problema de saúde no ano passado, Jorge não esmoreceu, lutou bravamente e mostrou vontade de seguir colaborando para o sucesso da marca. “Foi um período difícil. Nem sabia se estaria aqui hoje. Mas, graças a Deus, vamos superando as dificuldades. O patamar atual da empresa é motivo de orgulho, mas é só um degrau. Ainda temos muitos degraus a subir”, afirmou o executivo.

Desenvolver sempre

A produção de sementes para pastagens da marca Matsuda é o resultado de um empreendimento visionário e totalmente inovador, iniciado na década de 70, pelo atual diretor-presidente da empresa, Jorge Matsuda, e um pequeno grupo de funcionários, que, juntos, acreditaram no sonho de transformar capim em alimento – carne e leite – para o brasileiro e para o mundo. Na década de 70, capim era mato que crescia em beira de estrada, e gado era criado solto em invernada. A pecuária ainda era uma atividade incipiente, destinada ao suprimento básico de carne e leite dos próprios produtores, que vendiam o excedente nas suas regiões.

O mercado de sementes para pastagens era muito rudimentar, sem nenhum profissionalismo. As sementes eram colhidas em cachos, ou rasteladas em sequeiros e ensacadas, sem nenhuma preocupação com a qualidade – teor de pureza, viabilidade, germinação, etc… — e vendida a pequenos pecuaristas, que não tinham nenhuma exigência do seu valor cultural. Jorge Matsuda, recém-chegado de São Paulo, de onde voltou para ajudar os pais nos negócios da família, que eram voltados para a comercialização de cereais e batata, e já eram líderes na exportação de amendoim em grãos ou casca, decidiu transformar capim em comida.

Ou melhor, em ouro verde, literalmente. Ele percebeu que existia uma grande oportunidade de ampliar os negócios da empresa, e decidiu investir na produção e comercialização de sementes para pastagens. Os grandes rebanhos eram criações extensivas, sem nenhuma tecnologia e levavam até cinco anos para engordar. Eram soltos numa invernada e faziam o serviço de máquinas roçadeiras, abrindo áreas nativas, que de-pois iriam servir para o plantio de outras culturas. Com essa iniciativa, a empresa alavancou um setor primário da economia, sendo a mola propulsora para transformar a paisagem rural do Brasil, estimulando o investimento nos negócios da pecuária, e trans-formando o País num dos maiores produtores e exportadores de carne e de leite do mundo. Mas os primeiros passos dessa estrada foram dignos de um visionário e seus escudeiros, porque tudo ainda estava para ser construí-do, e só quem acreditasse em sonhos, e tivesse muita determinação e coragem de trabalhar de sol a sol, conseguiria transformá-los em realidade.

Assim, a Matsuda decidiu profissionalizar esse mercado, investindo na produção, comercialização, pesquisas e desenvolvimento de novas forrageiras focados em uma única palavra: “qualidade”. A quantidade seria a consequência.

No início, os clientes ainda eram pequenos produtores e compravam quantidades pequenas. Mas o negócio, que até então, parecia um sonho mirabolante, prosperou rápido demais. Praticamente, a Matsuda impulsionou a pecuária no Brasil e a pecuária turbinou os novos negócios da empresa. Em paralelo ao sistema de compra e distribuição, a Matsuda organizou a produção das sementes para pastagens, iniciando as primeiras parcerias com produtores dos municípios de Mirante do Paranapanema, Iepê e Nantes, próximos da cidade que ainda hoje sedia a matriz do Grupo Matsuda.

Além de organizar todo o processo de produção, desde a seleção dos fornecedores, até a implantação dos próprios campos de sementes, nas fazendas do Grupo, passando pela padronização das embalagens – sacarias de 15 kg em papel multi-folhado (usa 15 kg Panicum e 20 kg bra-chiaria em papel multifoliado, saco de 5 e 10 kg, saco aluminizado também) – a Matsuda também se preocupou em estabelecer parcerias com renomados institutos de pesquisas, como o IAC – Instituto Agronômico de Campinas, a CATI, o IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná e o IZ – Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, visando o melhora-mento genético das forrageiras.

Em 2008, o Laboratório de Análise de Sementes do Grupo Matsuda recebeu credenciamento conferido pela ISTA – International Seed Testing Association, a mais importante instituição do mundo de normatização para testes para sementes, com sede em Zurique, na Suíça. Essa certificação assegura a qualidade e confiabilidade na exportação de lotes de sementes de forrageiras pela empresa. O laboratório de sementes da Matsuda é o primeiro laboratório do Brasil e o primeiro privado do mundo a receber essa certificação.

Texto: Flávio Albim
Fotos: Divulgação e Flávio Albim

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *