A Syngenta, em parceria com a The nature Conservancy (TnC), conduz segunda fase do Soja+Verde, que visa auxiliar a recuperação de áreas degradadas no Cerrado.
A primeira etapa do projeto Soja+Verde teve como foco incentivar a expansão do Cadastro Ambiental Rural, em Mato Grosso, ajudando a mapear mais de sete milhões de hectares. Além disso, forneceu o acesso aos dados das propriedades rurais para produtores e ao Governo, permitindo assim, melhor avaliação de quais áreas precisavam ser recuperadas. “A intenção era que o Estado conseguisse cadastrar e regulamentar a situação ambiental”, declara Giovana Baggio de Bruns, responsável por Sustainable Foods na TNC.
Já o coordenador de produtividade sustentável da Syngenta, João Oliveira, comenta que para fazer esta parceria acontecer foi simples, pois a companhia já atuava na área que o projeto aborda. “Primeiro era uma iniciativa que ia ajudar os produtores em ter mais sustentabilidade. De-pois, vimos a inciativa do governo estadual com a TNC, e percebemos que estava alinhado com nossos objetivos e ações. Então, nos juntamos para sermos parceiros”, diz. Para Giovana, a junção das empresas com os interesses do setor para uma agricultura mais sustentável, torna está união cada vez mais positiva.
O objetivo da segunda fase do projeto é apoiar os produtores rurais do Alto Teles Pires, região no centro do estado de Mato Grosso, na restauração de áreas degradadas em suas propriedades, para que eles cumpram as exigências do Código Florestal e, com isso, ajudem a reforçar a produção sustentável de alimentos. “Devido ao sucesso do mapeamento, iniciamos está fase mostrando como restaurar as áreas das propriedades usando o menor custo possível”, declara Giovana. Segundo ela, a parceria visa atender a demanda com qualidade para recuperar a mata ciliar.
As organizações vão criar o primeiro Plano de Negócios de Restauração Florestal da região, por meio do diálogo com produtores, prefeituras e especialistas. “A ideia é detalhar quais são os desafios dos produtores para restaurar áreas que precisam ser recuperadas e oferecer aos governos locais sugestões de como superar esses gargalos, além de apoiar algumas das soluções”, diz Oliveira.
O objetivo da segunda fase do projeto é apoiar os produtores rurais do Alto Teles Pires, região no centro do estado de Mato Grosso, na restauração de áreas degradadas em suas propriedades.
Segundo ele, a Syngenta busca sempre ser parceira do produtor, levando para eles soluções para as propriedades. “Nossa expectativa é ajudar na regularização e na sustentabilidade do negócio. Atuamos no setor rural e temos o desafio de comunicar que é possível preservar o meio agrícola, com grande produtividade”. Oliveira diz que a companhia tem a oportunidade de neste projeto mostrar para a sociedade que dá para conciliar alta produtividade de soja, com preservação de biodiversidade.
Já para a TNC, segundo Giovana, a expectativa nesta segunda fase é ver o produtor implantando novas práticas nas propriedades, gerando nova oportunidade de negócios, entre outros pontos. “O projeto está em desenvolvimento, e os resultados finais sairão até o fim de 2016, onde conseguiremos ter todo plano de ação pronto, e realizado”, declara.
Terceira fase?
Segundo Oliveira ainda não foi discutido como seria uma possível terceira fase. “Nos preocupamos com o potencial de como uma experiência pode servir de modelo para outras regiões. E também, o potencial de quantificar melhor os benefícios da biodiversidade para a produção agrícola”.
Giovana diz que o projeto desde o início segue um caminho natural. “No começo foi se adequar a legislação. Depois, a demanda para a restauração nas propriedades, e, agora, daremos valor aos benefícios da biodiversidade na prática agrícola”. Para ela, aproveitar corretamente esta vantagem de ter o agronegócio forte, ajudará a preparar a cadeia produtiva para um novo cenário mais exigentes.