As variedades de cultivares de soja e milho e seus respectivos defensivos lançados na Coopavel são o pontapé inicial para a produção de uma safra diferenciada. De olho nos rendimentos da lavoura, estes conjuntos apresentam o que tem de melhor para alcançar o sucesso e possuem sistemas ideais de plantio para expressar o máximo da produção.
A Embrapa soja, por exemplo, lançou oficialmente na feira sua mais nova cultivar que tem como principais destinos a região norte, noroeste e oeste do Paraná. Trata-se da BRS360RR.
A variedade é transgênica com resistência a glifosato (RR) e tem maturação precoce no nível 6.2. Além disso, tem semeadura antecipada, ou seja, é plantada cedo e cresce de maneira mais rápida. É indicado que este tipo de soja seja plantada ao solo no dia 1º de outubro em áreas abaixo de 600 metros de altitude. Segundo o engenheiro agrônomo da Embrapa, Rogério de Sá Borges, esta variedade é boa para quem pensa em milho safrinha. “Devido ao alto potencial de rendimento, a BRS3060RR é uma vantagem para o produto que quer aproveitar ao máximo a lavoura e espaço físico”, declara Borges.
Outro ponto importante da cultivar se deve pela reação resistente que ela possui a três doenças específicas que não são comuns de outras cultivares resistirem. São elas, a podridão radicular de fitóftora, nematoide de galha (Meloidogyne incógnita) e nematoide reniforme (Rotylenchulus reniformis). Borges diz que a variedade tem bom arranque inicial na plantação, o que a difere de outros tipos da soja, sendo um fator positivo ao produtor rural e sua plantação. Entre as características médias desta variedade nota-se que a altura da planta pode variar entre 85 cm a 105 cm, o ciclo atinge entre 105 e 120 dias, o peso de 100 sementes equivale a 15,8 g, seu teor de proteína é de 39,02% e o teor de óleo é de 21,38%.
Para ajudar os produtores no controle de importantes plantas daninhas de folhas largas como a buva, uma das principais ervas resistentes e que está presente em grande parte do Brasil, principalmente na região sul, a Unidade de Proteção de Cultivos da Basf apresentou aos visitantes do Show Rural seu mais novo herbicida, Heat. O produto é um multicultural utilizado na dessecação para plantio das principais culturas como soja, milho, arroz, trigo e algodão, além do manejo das plantas daninhas em pós-emergência nas culturas do arroz e cana-de-açúcar, e na dessecação pré-colheita para as culturas da batata e do feijão.
Um diferencial do Heat apontado pelo gerente regional de vendas da Basf, Helio Cabral, é a velocidade de controle do mesmo. Ele promove um ganho operacional ao maquinário já que na maioria das situações permite que o agricultor plante sua lavoura logo após a aplicação, adequando-se ao sistema aplique e plante. “O agricultor pode ver os efeitos do herbicida nos primeiros dias após a sua aplicação, o controle da buva é antecipado fazendo com que o produtor ganhe de quatro a cinco dias para o plantio da cultura”, declara Cabral. Ele diz que a Basf tem como focos a inovação e estar sempre ao lado do agricultor, identificando suas necessidades e desafios, oferecendo soluções em tecnologias que atendam sua demanda. “Utilizamos tecnologia brasileira no produto, porque hoje o nosso nível tecnológico está igual ou até superior do que no exterior”. Cabral diz que a companhia está muito satisfeita por mais este lançamento, pois se trata do segmento de herbicidas, que nos últimos anos não vinha sendo contemplado com nenhuma nova molécula para auxiliar no manejo de plantas daninhas nas culturas.
Mostrando portfólio
A Syngenta apresentou na Coopavel 2013 todos os destaques de seu portfólio de soluções para aumentar a produtividade em propriedades rurais de todos os portes. Para a soja, por exemplo, a empresa mostrou as variedades Vtop RR, Syn 1163, Syn 1257 e Syn 1258. Além disso, houve o lançamento do fungicida ScoreFlexi, que se junta ao Priori Xtra no controle de doenças e fungicidas, além dos inseticidas Curyom e Engeo Pleno. O gerente regional de vendas da marca, Jefferson Caprioli diz que através desta feira a empresa demonstra que busca ser cada vez mais parceira do produtor. “Procuramos trazer soluções integradas para nossos clientes. Além do mais, a utilização que fazemos da biotecnologia contra todas as pragas e doenças que existem na lavoura é muito importante nos dias de hoje”.
Na cultura de milho, o destaque é o lançamento do Agrisure Viptera 3. Além disso, a Syngenta levou a feira híbridos de alto desempenho, como Formula e Status, além do lançamento de Velox, híbrido de ciclo hiperprecoce com adaptação excelente para a região Sul.
Já quem visitou o estande da Monsanto, pôde conhecer os cinco lançamentos de soja da Monsoy, marca da companhia que licencia variedades com a tecnologia Intacta RR2 Pro aos multiplicadores. Desenvolvida pela ao longo dos últimos 11 anos, a tecnologia é a única no mercado que alia tecnologias avançadas no mapeamento, na seleção e na inserção de genes em regiões do DNA com potencial aumento na produtividade; proteção às principais lagartas que atacam a cultura da soja e tolerância ao glifosato, proporcionada pela tecnologia Roundup Ready (RR).
As cinco variedades de soja da Monsoy apresentadas no Show Rural Coopavel forasm a M 5917 IPRO, M 5970 IPRO, M 5410 IPRO, M 6210 IPRO e M 6410 IPRO. A variedade M 5917 IPRO, por exemplo, possui ampla adaptação, boa sanidade e resistência ao acamamento, enquanto a M 5970 IPRO possui resistência ao acamamento e boa arquitetura de plantas. Estas características são também compartilha da pela M 5410 IPRO. Já a variedade M 6210 IPRO destaca-se pela estabilidade e engalhamento, e, a M 6410 IPRO se destaca por sua ampla adaptação.
Após seis meses de testes realizados na safra 2011/2012 por 500 agricultores em 275 municípios de todo o País, a Monsanto anunciou que o benefício proporcionado por Intacta RR2 Pro é de R$ 346,91 por hectare aos agricultores no Brasil. A média é um somatório da economia proporcionada pela redução do uso de inseticidas nas lavouras (R$ 70,13/ha) e pelos ganhos com produtividade proporcionados pelas 6,59 sacas/hectare (R$ 276,78) colhidas a mais em relação às variedades existentes no mercado. O gerente da Monsanto em biotecnologia de soja da região Sul, Guilherme Lobato, diz que estes benefícios só foram possíveis porque o produtor ajudou a empresa a criar o RR2. “Esta foi a primeira vez em que antes de lançarmos o produto, mostramos aos consumidores como utilizá-lo e pedimos as opiniões para que assim pudéssemos ajustá-lo e atingir excelência em eficiência”. E foi com esta preocupação em relação ao produtor, que a empresa ao longo dos anos foi mudando a maneira de utilizar as novas tecnologias, buscando sanar as necessidades de seus clientes. “O Brasil cresceu muito em biotecnologia ao longo dos últimos cinco anos, e isso nos fez sermos melhores produtores de soja, nos deixando com o objetivo de um dia passarmos os Estados Unidos em produtividade da cultivar”, finaliza Lobato.