Pecuária

Genética: os rumos da seleção

Desde a década de 1980, o trabalho no melhoramento do gado para a produção de carne tem sido preconizado pelos pecuaristas. De lá pra cá, muitas histórias podem contadas para ilustrar as tendências dessa exímia arte de lapidar o plantel genético no País. Selecionamos, por agora, três representantes que resgatam alguns “causos” da criação bem como as perspectivas para pecuária de corte brasileira.

Recentemente, mais uma associação de criadores foi instituída no País. Trata-se da que cuidará da primeira raça de corte desenvolvida no Estado do Paraná, o Purunã – animal saído de pesquisas de melhoramento genético, iniciadas em 1985, na Estação Experimental Fazenda Modelo, em Ponta Grossa, uma das unidades do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). A raça, classificada como bovino composto, nasceu de cruzamentos sucessivos e controlados envolvendo animais puros das raças Aberdeen Angus, Canchim, Caracu e Charolês. Assim como as demais, sejam elas puras, rústicas, cruzadas e adaptadas, o Purunã se torna mais uma opção de animal capaz de produzir carcaças de elevado padrão, com baixo custo e que fica pronta para abate em pouco tempo.

Pela contagem do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil chega a um número de 97 raças – isso considerando todas as aptidões, como produção de carne e de leite. Segundo a Embrapa Pecuária Sudeste, no Brasil, há cerca de 60 que podem ser exploradas para produção comercial de carne bovina. Dessas, formam-se os grupos tanto voltado para raças zebuínas, como o nelore, assim como para raças taurinas.

Em meio a tantas opções, a riqueza em material genético também gera inúmeros trabalhos de pesquisa e de melhoramento com foco numa produção de carne economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente responsável. A partir disso, então, que rumos podem-se destacar do trabalho de seleção do País? A resposta não é tão simples, mas, ao que tudo indica, há espaço para todos, desde que estes sigam alguns passos para o sucesso da raça que queiram conduzir.

Na gênese do melhoramento

Eduardo Biagi, selecionador e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), é um dos personagens que contam um pouco sobre a trajetória do melhoramento de gado, especificamente numa das raças mais difundidas no País, como a raça nelore. Na criação de gado, ele começara em 1971, em Ribeir‹o Preto (SP), época em que nem se falava em programas de melhoramento. Foi então a partir da década de 1980 que o tema começou a ser introduzido e aí a passou a dar novos rumos criação.

“Um dado que eu vi, dia desses”, relembra, “e que prova a qualidade do melhoramento feito até pelo julgamento de pistas. Em 1970, foi o primeiro ano que se começou a pesar os animais antes de entrar em pista em Uberaba (MG), na Expozebu, evento que existe desde 1937. Então eu busquei a pesagem daqueles animais – de oito a nove meses. Em média, eles giravam em torno de 230 quilos (kg). O ano passado, pegando animais da mesma idade, deu 436 kg. Houve um incremento de 84% de peso. Nesses 41 anos, evidentemente, essa diferença não foi só a questão genética, mas também pela parte de manejo e alimentação. No entanto, 70% desses ganhos estão relacionados ao melhoramento genético”, destaca o selecionador.

Assim que começou a surgir os programas de melhoramento, Biagi entrara logo no da Universidade de São Paulo (USP). A partir dele, a seleção se baseou em três critérios – peso, habilidade maternal e perímetro escrotal dos machos. “Esta última, dentro das três, era a mais importante – na qual se relaciona a fertilidade. Então, mediam-se os testículos dos machos de três em três meses. Daí, são feitas análises estatísticas e comparativas entre indivíduos do mesmo grupo contemporâneo, ou seja, animais do mesmo sexo, mais ou menos da mesma idade e que s‹o tratados sob o mesmo tipo de manejo”.

Com base nos dados, são feitos os acasalamentos dirigidos, para então fixar as boas qualidades ou as qualidades desejadas para a produção de carne. “Então, separávamos a vaca tal que era boa para peso e fertilidade, mas em termos de habilidade materna, deixava a desejar. Esta era cruzada com um touro tal que imprimia em sua cria habilidade maternal superior’. Dessa forma o produtor começou a perceber os resultados e a importância de um trabalho bem feito, além de também lidar com algo bem maior e mais complexo, e que muitas vezes não traz o resultado que se espera. “Muitas vezes você fica perdido, pois há resultados que você melhora um animal e piora outro. No programa de melhoramento lá da USP, tinha sempre escrito nos papéis, ‘não basta participar de um programa de melhoramento para fazer o melhoramento’ – isso porque você tem de ter números com qualidade”, ressalta Biagi.

Mesmo com a criação caminhando então pelos índices gerados na diferença esperada de progênie (DEP), o ‘olho’ do criador também não deve ser esquecido. De acordo com o pecuarista este item é de fundamental importância para o desenvolvimento da seleçãopois revela um conhecimento maior do que dizem apenas os números. “Se eu entregar um rebanho, com todos os dados de melhoramento genético, para um criador que tenha essa sensibilidade, que tenha esse ‘olho’, ele vai, com certeza, levar esse gado a um patamar muito melhor do que outro que não tiver essa sensibilidade. Falamos, então, de selecionar uma raça, e as características raciais não são matemáticas”.

Para ilustrar esse tal ‘olho’, Biagi conta a história de como o açougueiro, ‘Paulo’, lá da região de Ribeirão, que comprava os animais para abate, sem o uso da balança, pois não havia isso nas fazendas naquela época. Só de olhar para a rês, ele já estimava o peso dela e assim o preço a ser pago. Numa dessas vezes, Biagi, já com uma balança, fez o teste. Na ocasião ele havia superestimado a pesagem, mas na maioria das vezes ele acertava. “Então, esse sentido era mais aguçado nos criadores de antigamente, os mais tradicionais e importadores de genética. Estes não tinham programa de melhoramento, muito menos peso, e, mesmo assim, selecionavam. Conheço alguns que só de bater o olho no animal, já sabem se pariu ou não pariu, quando perdeu a cria, quantas crias tem. O problema é que isso é feito cada vez menos. O ideal seria a conjunção tanto do ‘olhar’ como da análise dos números”.

Da pista ao pasto

Biagi não era filho de criadores, então teve de começar do zero, buscando informaçoes de todos que estavam na área. Logo percebeu que havia duas classes distintas de criadores na raça nelore – o purista, aquele criador tradicional e importador da raça no País, e o técnico, aquele prezava o peso na balança. Isso chegou a gerar críticas sobre os julgamentos que se faziam em pista, os quais eram feitos basicamente pela análise das características raciais e não dava valor para o peso. “Hoje se inverteu isso, e a crítica que se faz agora é que dão muito valor para peso em detrimento às características raciais”.

Para o presidente da ABCZ, a supervalorização do peso chegou a tal ponto que os animais ficaram exageradamente grandes. Característica que não colabora em nada quando esse animal é introduzido no pasto. “Até 1985, eu só criava seletivo. Depois, fui pra Mato Grosso e iniciei um projeto de cria, recria e engorda. A partir de ent‹o, mudei muito os meus conceitos. O animal grande pode até ganhar bastante prêmio, mas quando chega lá para correr atrás de uma vaca no campo, se torna muito exigente, tardio e sem saúde. Acho que, nesse caso, a pista precisa refletir o que se vive lá no campo, pois o macho que se seleciona lá será o avô do bezerro de corte”, avalia. Um fato marcante na história do selecionador paulista esteve relacionado com um dos touros que então mudaria o conceito da seleção genética do nelore, o Gim de Garça. Segundo Biagi, o animal era muito bonito, tinha performance, era pesado e musculoso. Sem titubear, ele usou bastante essa genética. Foi justamente no ano em que se começava a pesar os animais.

Por outro lado, a maioria dos criadores puristas não usava o Gim de Garça, pois dizia que o animal estava fora do padrão racial. Posteriormente, Biagi, ganhara muitos prêmios com os filhos dele, e, aos poucos, o touro então conquistaria o seu devido lugar de destaque. “Lembro-me que fui fazer uma propaganda do gado e, aí, cunhei uma frase que uso até hoje, como mote da criação – “eu crio com um olho na balança e o outro na pista”. Então acho que a seleção tem de ser assim”, destaca.

Herança de família

Noutro canto do País, mais especificamente em Marilândia do Sul (PR), há cerca de 60 anos, outro projeto pecuário era iniciado, o objetivo era garantir a produção de rebanho de alta performance a partir das raças nelore e limousin. Quem conta um pouco dessa história é Luiz Meneghel Neto, da Agropecuária 3M. A criação pecuária passara de seu avô para seu pai e, por fim, para ele. A intensão era voltada tanto para a produção de gado comercial e de seleção. “Especificamente na raça limousin, os trabalhos iniciaram em 1975, e tinha por objetivo melhorar o desempenho da raça nelore. Nesse período a raça tinha resistência, mas ainda não tinha a performance necessária para confinamento”, diz Meneghel.

Diante de alguns resultados feitos a partir dessas duas raças, o grupo conseguiu perceber um ganho significativo no rebanho comercial. “Paralelo a isso, então, começamos a fazer um trabalho tanto com a raça nelore e limousin, a partir de animais puros e programas de absorção”, destaca.

A busca por melhores índices levara o produtor a estar constantemente ligado às questões de desempenho, avaliações morfológicas e programas de DEP. O próximo passo foi fazer parte do programa de melhoramento genético coordenado pela Embrapa Gado de Corte, o Geneplus. “Há cerca de sete anos, participamos desse programa, no qual é estabelecido um critério de avaliação de carcaça. Antigamente, essas duas raças tinham um estigma de serem difíceis de serem terminadas, além de não apresentarem marmoreio [a gordura entremeada na carne]. Dentro desse período, nós conseguimos detectar linhagens dentro dessas duas raças, em que há então exemplares de altíssimo marmoreio”, testifica Meneghel. Esse incremento resultou na produção de animais com média de marmoreio e gordura superficial superior à média do rebanho nacional. Em marmoreio, por exemplo, o índice atingido é de 3%, ao passo que Brasil afora, essa média gire em menos de 2%, segundo o selecionador.

Aliado a isso, as avaliações de quantidade de musculatura na carcaça mostram que o trabalho de lapidação do gado é possível quando há o uso adequado de ferramentas e tecnologias que possam guiar a produção. Entre elas, o paranaense cita as próprias DEPs como um diferencial para a obtenção desses resultados.

“Hoje, no mercado, com todo o avanço da tecnologia, se consegue detectar, via genótipo de animais e análise de genes, os animais melhoradores em certas características. Isso tem, de uma forma muito consistente, trazido ganhos significativos para os animais. Ganhos que chegam em média a 10% em performance de terminação, precocidade e reprodutiva”, contabiliza. “Há 15 anos, se você falasse que ia abater um boi com três anos de idade, isso seria uma heresia. Agora, vários pecuaristas fazem abate com 24 meses ou 30 meses”.

DEP versus morfologia

Para o pecuarista, falar em seleção é ter de aliar tanto os dados quanto os aspectos físicos do animal – isso seria a maneira ideal para se conduzir um trabalho de melhoramento genético. “Mas muitas vezes isso não é possível”, pondera. “Há momentos que as características morfológicas não são de fato a que você quer, pois a prioridade estaria na produção comercial, e esta exige performance em lucro. Nesse caso, o produtor de touro para um rebanho comercial vai estar muito focado em DEP”.

Do mesmo jeito um animal de pista, que é ‘show’, pode também mostrar-se eficiente em termos de DEP. “Se você vai para um julgamento lá fora, como nos Estados Unidos, por exemplo, a DEP faz parte do catálogo de cruzamentos. No qual mostra os bons animais. Mas na hora ali, você estará julgando o animal mais correto morfologicamente. Se eu tiver dois animais parecidos morfologicamente, irei no que tiver as melhores DEPs. Se estou julgando duas fêmeas que são parecidas, uma que tenha um bezerro ao pé, maravilhoso, e outra que tenha um bezerro horrível ao pé – o prêmio vai para aquela que estiver com o bezerro lindo, isso revela que essa vaca, além de ser boa morfologicamente, é uma excelente matriz”.

Seleção genética

Para Meneghel muitos são os avanços que podem auxiliar o pecuarista atualmente na seleção do rebanho. Aí se inserem os marcadores moleculares e, mais recentemente, o sequenciamento do genoma zebuíno. Na opinião do pecuarista, elas seriam ferramentas úteis para se errar menos. “Genética não é um procedimento matemático. Ao cruzar esses dois seres – com códigos genéticos totalmente distintos – os genes desses animais se combinam, e aí nasce um terceiro indivíduo. Pegamos novamente esses dois indivíduos e os cruzamos. Dessa vez, você pode ter no quarto indivíduo uma carga genética diferente”, exemplifica.

Mesmo diante de números, dados estatisticos e mensurações, a seleção a partir de DEPs e marcadores genéticos pode pregar alguma peça. “Quer dizer, o uso de todos os recursos que passamos a ter hoje faz com que tenhamos uma certeza maior do que aquilo que fazíamos sem informação alguma. Tanto que há animais em exposição, que são um show, aí você cruza, aí vem uma produção fantástica, e você faz o cruzamento novamente e, aí, vem um indivíduo que não é aquilo que você esperava”. Enfim, essas são as regras do jogo – o importante é saber como dar as cartadas na hora certa.

Respaldo científico

Diante de todas as quest›es de sensibilidade do olhar, de peso dos animais, acompanhamento dos índices zootécnicos e genotópicos, uma coisa é certa – a seleção genética tem de ser desenvolvida dentro de um contexto na qual ela se prove efetivamente sustentável e eficiente, senão o trabalho estaria fadado a não vingar – seja com o zebu, o taurino e o cruzado. O pesquisador da Embrapa Gado de Corte e coordenador do Geneplus, Luiz Otávio Campos da Silva, explica que, seja qual raça for, se o trabalho for conduzido da melhor maneira é possível chegar a resultados satisfatórios em termos de melhoramento genético. Nesse caso é preciso que o pecuarista entenda ou procure entender sobre esse processo, que não é matemático, mas tem numeros e que é estatístico, mas é bem variável. “Baseamos no índice de Qualificação Genética (IQG), no qual construímos um global [de referência] e o criador pode chegar a construir junto conosco o índice que mais convir à fazenda dele. A gente pensa sempre assim, o objetivo do negócio dele é a produção de carne. O melhoramento genético seria então uma das coisas que fariam parte da atividade dele”.

Nesse sentido são estabelecidos os critérios de seleção para que o produtor alcance seus objetivos, baseando-se nisso numa só característica ou num grupo delas. A partir desse trabalho são avaliados os animais que adequam à categoria de reprodutores, doadoras ou matrizes. “Existem raças para corte, leite e dupla aptidão (corte e leite). Qual a melhor? Eu costumo dizer, se tem muita gente criando, então ela realmente deve trazer uma resposta maior. Tanta gente criando essa raça não pode ser ruim… Agora, a combinação de raças, que é o cruzamento também é importante. E eu não considero só uma raça. Isso vai depender do foco da pessoa”, avalia.

O poder da cruza

Num cruzamento, de acordo com o pesquisador, há soma de forças num mesmo indivíduo. Pode haver animais que são pouco adaptados só que produtivos, assim como pode também ter animais muito adaptados e pouco produtivos. “Em termos gerais, entre os adaptados, já fiz a seleção e os tornei mais produtivos e, na outra ponta, com os produtivos, fiz a seleção e os tornei ainda mais produtivos. Posso combinar aí essas duas forças numa força só”.

Esse tipo de seleção tem um foco especial – o confinamento, linha intensiva de produção pecuária na qual o gado cruzado se mostra mais produtivo em termos de rapidez de retorno. No entanto, de acordo com Silva, esse nœmero de produtores que optam pelo cruzamento ainda é bem pequeno. E há casos que a produção não se sustenta pelo próprio ambiente na qual a criação é colocada.

“Com as ondas de cruzamentos pelo País, um produtor chega a concluir que isso é de fato a solução para tudo! Mas, nisso, na propriedade dele, já havia um quadro de degradação de pastagem e um nelore pesando menos que outrora. Aí, ele insere o cruzamento. O que vai acontecer? Vai ser pior ainda! Porque um animal que cresce mais, não vai crescer só de ‘vento’, ele cresce mais porque estará demandando mais”.

Outro aspecto é também a falta de critério para a seleção dos touros cruzados, pois não são todos que, aparentemente, apresentem testículos grandes que efetivamente serão touros. A partir daí, a seleção irá desandar. Esse gado cruzado não expressará seu potencial e o produtor terá comprometido seu programa de melhoramento genético. “Mas há quem permanece e são justamente aquele que procura conhecer melhor o que está produzindo e a tecnologia”, destaca.

Para dar certo, a seleção de gado cruzado também se deve pautar ambas as raças que são trabalhadas. O cruzado, nesse caso é o animal final. “Posso ter uma cruza de zebuíno com taurino, se eu quero ter um cruzamento específico para fêmeas para serem melhores mães do que as zebuínas, por exemplo”. No entanto, para chegar nesse ponto, é fundamental o conhecimento das raças a serem trabalhadas, bem como saber se há o ambiente adequado para que se faça acontecer, de fato, o melhoramento genético na propriedade. No aspecto de sustentabilidade, por exemplo, essa tecnologia aliado ao confinamento torna-se bastante interessante, na opinião do pesquisador da Embrapa Gado de Corte, pois se intensifica a produtividade, abrem-se mais espaços, nos quais podem ser conduzidas lavouras de grãos como milho e soja, e a terminação dos animais será mais rápida. Neste aspecto menos gases de efeito estufa (GEE) seriam emitidos no fim das contas.

Genética dez, valorização zero

Em suma, os rumos para pecuária de corte no País são imensos e com boas expectativas para todos os lados e raças. Mas ainda há lutas que precisariam ser vencidas que realmente estimule a qualidade na produção, que é basicamente uma classificação de carcaça para remunerar todo esse trabalho do produtor em se aprofundar tanto em melhoramento genético no País. “Somos o único País do mundo que não tem nenhum tipo de classificação de carcaça”, frisa Biagi. “Por exemplo, um novilho precoce, abatido com 18 a 20 meses, aqui no Brasil, é vendido pelo mesmo preço de um touro velho que você vai matar com uns 15 anos de idade. Até o Paraguai tem um tipo de classificação. Na Argentina, por exemplo, não tem só dois preços de boi… Tem oito”!

Sem remuneração, o produtor acaba fazendo de qualquer jeito. Não bastasse isso, a indústria também acaba prejudicando as carnes que têm com abates errados, resfriamento e cortes inadequados. “Nós somos muito burros mesmo, né! Nem sei porquê a gente faz isso”, desaba Biagi, de forma bem humorada. “Às vezes penso nisso, mas vamos de teimosia. É uma pena, realmente, porque a pecuária brasileira é muito poderosa – é a maior exportadora e com o maior rebanho comercial do mundo”.

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