Você sabe exatamente o que o seu consumidor pensa sobre você? Esta é uma pergunta difícil de ser respondida. Uma resposta para ela, porém, ainda que limitada a alguns aspectos, pode ajudar a posicionar uma empresa no mercado onde atua e apontar caminhos para sedimentar sua participação. Pensando nessa questão, a Revista Rural decidiu inovar mais uma vez e aprofundar seu conhecimento sobre a forma como o consumidor enxerga as principais empresas que atuam no agronegócio.
Assim, um novo trabalho, realizado de forma pioneira pela publicação, resultou num estudo que a publicação divide com seus leitores a parceiros a partir de agora. Trata-se do “Top Brands Quality”, uma pesquisa onde o produtor tem a oportunidade de avaliar e dar notas a cada uma das principais empresas que atuam neste segmento, em 20 quesitos, todos relacionados diretamente a qualidade do trabalho oferecido por elas para o crescimento do agronegócio. Os quesitos foram divididos em duas categorias distintas: “Imagem” e “Ação”.
Na categoria “Imagem”, o consumidor pôde avaliar a empresa quanto a credibilidade, tradição, solidez, confiabilidade de seus produtos, simpatia, parceria, inovação, criatividade, tecnologia e pesquisa.
Na categoria “Ação”, o consumidor julgou quanto a produtos eficientes, portfólio completo de produtos, preço justo, orientação técnica, assistência ao cliente, proximidade com o cliente, canal de comunicação com o cliente, ações de marketing, comunicação corporativa e funcionalidade de seu website.
Além das notas individuais de cada empresa, o estudoai aponta também as empresas que se destacaram em cada um dos quesitos avaliados pelo produtor, criando um ranking para cada um deles.
Durante a elaboração do Top List desta ano, foram enviados 1.000 questionários especiais, que continham formulários para a avaliações do Top Brands Quality inclusos. Eles foram mandados através de e-mail, exclusivamente para leitores da Revista Rural em primeiro de setembro deste ano. Pouco mais de um mês depois, 631 deste formulários haviam sido devolvidos preenchidos. As notas foram dadas de zero a dez, podendo o produtor dar notas quebradas, como por exemplo: 6,7 ou 9,3. Os números divulgados no trabalho correspondem a média das notas atribuídas a cada um dos quesitos.
Como abranger todas as empresas que atuam o segmento tornaria o trabalho demasiadamente volumoso e difícil de ser realizado, decidiu-se que só seriam incluídas na pesquisa empresas que venceram ou tiveram produtos vencedores na edição mais recente do Top List, ou seja, a de 2010. “Achamos coerente atrelar o Top Brands Quality ao Top List, pois estas empresas se configuram nas preferidas dos nossos leitores e tentar descobrir o porquê do sucesso delas é mais uma contribuição interessante que podemos dar ao mercado”, afirma o diretor de Redação da Revista Rural e coordenador do trabalho, Flávio Albim, lembrando das outras duas pesquisas realizadas há mais de uma década pela editora, que nesse período ajudaram o setor a avaliar a qualidade do trabalho de marketing realizado pelas empresa (com o Top of Mind) e a apontar as marcas e produtos que conquistaram a preferência do homem do campo (com o Top List).
Albim ressalva, entretanto, que não é objetivo deste trabalho apontar qual a melhor empresa, ou se uma é melhor do que a outra, mas sim identificar quais são os pontos fortes de cada empresa e o que fez dela campeã no agronegócio. “Seria leviano fazer um comparação entre elas de forma generalizada, até mesmo porque são empresas de ramos de atividade muito distintos. Em alguns desses setores a solidez e a credibilidade são fatores fundamentais, em outros o investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico merecem maior peso e existem até aqueles ramos onde a proximidade com o cliente e a simpatia tem papel significativo. De qualquer modo, o resultados obtido nos deu interessantes parâmetros para avaliar o comportamento do mercado”, explica o diretor da Revista Rural.
De acordo com ele, os números permitem identificar, por exemplo, onde a empresa vem tendo melhor desempenho, se na sua ação no mercado ou no cultivo de sua imagem, ou então quais são seus pontos fortes e os que devem ser trabalhados. “Há empresas que vão muito bem na parte da imagem, com forte avaliação em tradição e solidez, mas deixam a desejar em tecnologia e pesquisa. Dependendo do ramo em que ela atua isso pode comprometer seu sucesso no futuro. Outras vão bem no desenvolvimento de novos produtos, em assistência técnica, mas não conseguem passar uma imagem simpática ao consumidor, o que pode dificultar na hora de competir por espaço no mercado para o seu produto, mesmo ele sendo tão bem avaliado. Ou seja, são diversos fatores a serem analisados, individualmente e no todo, para poder se chegar a uma conclusão”, exemplifica Albim, dizendo que “o mais indicado é que, de posse destes dados, cada empresa faça sua própria análise e decida o que pode ou deve ser feito”, recomenda.
Algumas conclusões mais gerais, porém, já mostram alguns aspectos interessantes do trabalho. Entre as instituições financeiras participantes do Top Brands Quality, itens como confiabilidade, tradição e solidez tiveram maior importância na avaliação dos consumidores. Já ente as empresas voltadas para a proteção de cultivos, itens como inovação, criatividade, tecnologia e pesquisa apresentaram maior preponderância. Para as indústrias de máquinas a eficiência e qualidade dos produtos na aplicação direta no campo falaram mais alto. Já entre as empresas que atuam na área de pecuária, tanto de produtos veterinários quanto de nutrição animal, itens como parceria, proximidade com o cliente tiveram peso nas avaliações.