Negócios

Seguro: proteção no campo

Tem uma opção para foto de abertura e mais três outras fotos para opção de imagem de abertura. No caso dessa segunda opção, as fotos estão identificadas como ‘outra abertura’, a ideia é usar uma das duas imagens junto com a do cadeado na frente, para dar a ideia de proteção.

O seguro de máquinas, implementos e equipamentos tem ganhado cada vez espaço no campo. A realização é obrigatória para os bens dados em garantia de operações de financiamentos, mas a renovação após esse período mostra que os produtores estão cada vez mais atentos para a importância dessa proteção.

Penhor rural e benfeitoria são modalidades de seguro hoje oferecidas no mercado para proteção de máquinas e equipamentos utilizados no campo, como tratores, colheitadeiras, carretas agrícolas, roçadeiras, plantadeiras, pivô central, ordenhadeiras, adubadores, por exemplo. Basicamente, a diferença entre as modalidades é simples: para ser enquadrado na primeira delas, é necessário e obrigatório que o item esteja concedido com recursos de programas de financiamento especificamente relacionados, de maneira genérica, ao crédito rural. Já a segunda deles, a da benfeitoria, trata-se do mesmo seguro, porém, é realizado quando o proprietário compra o equipamento com recurso próprio ou através de consórcio ou leasing.

Carlos Eduardo Correa do Lago, diretor gerente da Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, explica que normalmente esses seguros e suas coberturas estão estruturadas de acordo com a sua classificação, móveis ou estacionários, utilização e características do equipamento, dentre outros aspectos. “Os seguros enquadrados como penhor rural para esses itens, além de outros aspectos intrínsecos a operação, não se diferenciam muito em termos de cobertura e aceitação para os classificados como benfeitorias”, completa o diretor, ressaltando que, apesar da companhia oferecer esse tipo de cobertura há muito tempo, há cerca de quatro anos, foi desenvolvido o produto específico para o segmento de equipamentos e também para aqueles diretamente relacionados à atividade agropecuária.

Quem também tem percebido maior demanda por esse tipo de seguro é o Banco do Nordeste, que desde 1990 oferece esse produto. De acordo com Bruno Ricardo Pena de Sousa, gerente de Ambiente de Produtos Bancários do Banco do Nordeste, o interesse se deve, principalmente, a economia aquecida e a busca das empresas por renovação do seu parque tecnológico ou por novas formas de processar a sua produção. “A procura pelo seguro é vinculada ao fechamento de operações de financiamento e hoje tem sido um dos grandes responsáveis pela venda de seguros dentro da Instituição”, frisa.

Dentre os mais variados tipos de seguros para máquinas e equipamentos, ele aponta que o seguro de penhor rural é bem aceito em virtude de se conseguir incluir todos os bens no mesmo seguro, sejam eles máquinas, equipamentos e/ou benfeitorias. As coberturas oferecidas nesses casos, pelo Banco do Nordeste, passam por incêndio, queda de raio e explosão; Vendaval, granizo e fumaça e impacto de veículos de qualquer espécie. “Para máquinas e implementos autopropulsores ou rebocáveis, incluem-se também as perdas e danos causados por colisão, capotagem, tombamento e quedas acidentais; roubo ou furto qualificado, total; simples tentativa de roubo ou furto, mediante arrombamento e acidentes de transportes para produtos agropecuários (mercadorias), máquinas e implementos”, descreve.

Para esclarecer e conscientizar os proprietários desses bens sobre a necessidade de contratação da proteção através do seguro, as empresas do segmento têm apostado no trabalho conjunto com corretores, seguradoras parceiras e instituições de financiamento, bem como as parcerias com, concessionárias, fabricantes e distribuidores. Luiz Carlos Meleiro, superintendente de agronegócios da Allianz Seguros, reforça que todos esses agentes são de grande importância para a divulgação de benefícios, vantagens, tipos de coberturas adicionais, preço, franquia, ou seja, de todos os parâmetros que determinam ou não o sucesso do produto.

“Existe uma brincadeira que diz que no campo ainda se vê muito a cultura do produtor que faz o seguro de um carro, mas não faz o de um trator ou ainda de uma colheitadeira que vale R$ 1 milhão e meio, ferramentas essenciais para o desenvolvimento de seu negócio”, pontua, alertando, no entanto, que essa realidade tem mudado bastante, principalmente em função da alta tecnologia que tem sido empregada nessas máquinas.

Diante desse cenário, Meleiro destaca que há necessidade de treinamento dos funcionários para operarem esses equipamentos mais modernos, os quais têm recebido cada vez mais recursos de alta tecnologia e por isso exigem conhecimento para suas operações. “Na verdade, a própria cultura do produtor também mudou por conta disso. Ele está preocupado, pois está expondo um equipamento valioso e de grande utilidade para sua atividade, independente de qual seja”, esclarece Meleiro. Segundo ele, os grandes produtores sempre fizeram seguros, mas hoje, o pequeno também faz, por isso, não é possível distinguir uma diferença no perfil de quem mais procura por esse tipo de cobertura. “Todos eles fazem, até porque quando o item é financiado, o seguro é obrigatório em função da cláusula beneficiária e quando acaba o financiamento, via de regra, eles renovam e continuam com o contrato”, observa.

De acordo com ele, a Allianz Seguros é uma das percussoras do seguro de equipamentos e máquinas agrícolas no Brasil, operando há quase 17 anos nesse segmento. Atualmente são oferecidos dois planos de coberturas, um anual e um plurianual, para dois anos que tem tido grande aceitação junto aos clientes diretos, por ter um preço diferenciado. A contratação de seguro para máquinas e equipamentos agrícolas segue como a de um automóvel, quando é comprado zero, para a seguradora basta a nota fiscal. Para equipamentos usados, fazem vistoria prévia primeiro para saber se existe o bem e se nele há danos. Renovações também costumam não ter muita burocracia.

“Efetivamente a carteira cresceu nos últimos 15 anos de maneira bem intensa. Somos o primeiro colocado em penhor rural, com grandes operações com empresas como John Deere, Massey Ferguson e Valtra, além de Jacto e Case IH. Temos acompanhado muito o processo de crescimento desse setor e percebemos nitidamente sua expansão em função da enorme participação da agricultura no PIB brasileiro. O Brasil tem um crescimento efetivo de exportação desses equipamentos para Índia, EUA, países da Europa, em função do desenvolvimento que obtemos. Nosso País é uma pista de provas, as novidades têm de passar por aqui”, conta.

No caso de corretores, técnicos e agregados, o superintendente conta que também se faz necessária a realização de treinamentos nas fábricas de duas a três vezes ao ano, também por conta da atualização tecnológica constante no setor anteriormente citada. Os profissionais permanecem de quatro a cinco dias desmontando itens como tratores, colheitadeiras, por exemplo, para que possam atender o cliente garantindo que se necessário reparo, o conserto será feito e com as peças corretas.

Além da cobertura básica, a Allianz oferece uma opcional que é a de roubo. Eles optam por disponibilizá-la separadamente, pois existem equipamentos que são muito difíceis de serem roubados, por exemplo a colheitadeira. “Deixamos a critério do produtor que vai avaliar como ele transporta o bem, o local que ele o guarda. Em colheitadeiras o problema maior são as causas externas e não de roubo. Já em tratores, os números de roubos são bem maiores. Mas como em qualquer caso de sinistro, as operadoras são obrigadas a ressarcir os clientes em até 30 dias”, detalha Meleiro. A seguradora também oferece cobertura de responsabilidade civil, perda de aluguel e danos elétricos. “Em função de termos bastante contato com o produtor, sempre buscamos oferecer novas coberturas”, garante contando que em breve novos produtos para os clientes rurais devem ser anunciados.

Seguro de Benfeitorias e Produtos Agropecuários:

Tem por objetivo cobrir perdas e/ou danos causados aos bens, diretamente relacionados às atividades agrícola, pecuária, aquícola ou florestal, que não tenham sido oferecidos em garantia de operações de crédito rural.

Seguro de Penhor Rural:
O Seguro de Penhor Rural tem por objetivo cobrir perdas e/ou danos causados aos bens, diretamente relacionados às atividades agrícola, pecuária, aquícola ou florestal, que tenham sido oferecidos em garantia de operações de crédito rural.

Observada a natureza da instituição financeira, o Seguro de Penhor Rural se divide em dois ramos distintos: Penhor Rural – Instituições Financeiras Públicas e Penhor Rural – Instituições Financeiras Privadas.

Todas as operações dos seguros de bens diretamente relacionados às atividades agrícola, pecuária, aquícola ou florestal devem ser comercializadas e contabilizadas nos ramos Penhor Rural e Benfeitorias e Produtos Agropecuários, observadas as respectivas definições, sob pena de aplicação de penalidade, nos termos da legislação vigente.

Fonte: SUSEP – Superintendência de Seguros Privados (Ministério da Fazenda)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *