Com o aquecimento da produção do campo impulsionada pela cana-de-açúcar, a valorização constante da arroba do boi e do mercado de grãos, entre outras atividades, é chegado o momento para se pensar em investimentos.
Atualmente o mercado de caminhões está pronto para atender as especificidades de cada setor produtivo, e a produção está em alta. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos e Automóveis (Anfavea), houve um crescimento de 43,72% na produção de caminhões, comparando o resultado de janeiro deste ano com o de janeiro de 2007.
O destaque foi na categoria de caminhões semileves, a qual obteve um índice aumento de 158,24%, no comparativo de janeiro (2007/2008). Os semipesados também tiveram uma alta significativa de 88% nesse mesmo período.
33 anos de história
Este ano a F-4000, da Ford, completa 33 anos, e já contabiliza 160 mil unidades vendidas desde o lançamento do veículo, em 1975, no País. Na categoria dos semileves, esse caminhão é um utilitário capaz de suprir as necessidades, tanto para o caminhoneiro autônomo como para o pecuarista, o hortifrutigranjeiro, entre outros profissionais do campo. (Confira na tabela os modelos de destaque para cada aplicação no meio rural e as respectivas características).
Atualmente o veículo conta com o motor Cummins B3.9 120 P5-0 Turbodiesel Aftercooler, quatro cilindros em linha, com 120 calavos (cv) de potência e 45 mkgf de torque. Atende ao nível de emissões do Conama Fase V (euro III), sem a necessidade de dispositivos eletrônicos, o que facilita a manutenção dele e diminui os custos operacionais.
Já para o setor canavieiro e madeireiro, a Ford traz o caminhão C-5032e – veículo com tração 6×4, com vocação “off-road” (fora-de-estrada), com uma Capacidade Máxima de Tração (CMT) de 50 toneladas e a distância entre eixos de 5.940mm, já saindo de fábrica com a preparação para montagem de engate para reboque.
A constelação da Volks
Líder na produção de caminhões em 2007 com 39.328 veículos – uma faixa de quase 29% do mercado (Anfavea), a Volkswagen oferece itens diversificados às categorias leve, médio, semipesado, pesado e extrapesado.
Para a recém-criada ETH Bioenergia (julho/2007), os caminhões da Volks tem ajudado muito no desenvolvimento dos trabalhos da empresa até então. Voltada para a produção de açúcar, etanol e energia elétrica, a companhia, que faz parte da Organização Odebrecht, destaca o histórico com a montadora para a aquisição dos veículos.
“A experiência da Construtora Odebrecht com a utilização de caminhões Volksvagem em várias obras da empresa teve um grande peso no momento da decisão”, explica Eduardo P. Carvalho, diretor de relações institucionais da ETH Bioenergia. “Outro fator importante foi em função da montadora apresentar os melhores prazos de entrega, comparados aos principais concorrentes”, conclui.
Ao todo, a empresa adquiriu 51 unidades, com um investimento superior a R$ 8 milhões. Os caminhões estão sendo utilizados nos pólos de produção de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Entre os modelos utilizados pela ETH, está o extrapesado da família Constellation 31.320 com tração 6×4. O veículo possui motor Cummins ISC / Turbo e Intercooler, 8.270 cilindradas, potência máxima de 320 cavalos e torque máximo de 131 kgfm.
Ano passado, a constelação da Volks cresceu mais com o lançamento da linha 370 (Constellation), de agosto a dezembro, com os modelos 19.370, 25.370 e 31.370. De acordo com a assessoria de imprensa da montadora, foram 441 unidades vendidas em 2007. Só em janeiro deste ano foram, 187.
Esses caminhões, do segmento extrapesado, atende o transporte tanto de grãos e de gado (modelos 19 e 25) como o de cana-de-açúcar e madeira (modelo 31).
Peso pesado
Na categoria de caminhões pesados, a Mercedes-Benz atingiu a maior produção do segmento no mês de janeiro deste ano, com 1.107 veículos – cerca de 35% do total produzido nessa faixa, segundo os dados da Anfavea. Nessa categoria, os modelos Axor 1933 4×2 e Axor 2533 6×2 mostram boa aplicabilidade no transporte de animais e de grãos, além de servir no transporte de produtos que necessitam de refrigeração, com a opção de furgão frigorificado. O cavalo-mecânico Axor 1933 é indicado para o transporte rodoviário de curtas e médias distâncias, em especial, a operadores logísticos e transportadores em geral que possuem nas transferências de cargas volumosas e baixo peso sua principal atividade.
Entre os diversos implementos possíveis, o veículo é indicado para tracionar semi-reboques do tipo sider, baú, porta-container e cegonheiros. Com uma CMT de 47 toneladas, o caminhão permite a utilização de semi-reboques de grande volume, com comprimento de até 15,4. Já o modelo 2533 é melhor aplicado no transporte de cargas de grande volume ou operações rodoviárias que necessitem de elevada velocidade média operacional, como, por exemplo, combustíveis, produtos químicos e frigorificados. O caminhão possui uma CMT, de 47 toneladas e permite a montagem de carroçarias de até 9,5 metros de comprimento.
Números positivos
Presente no mercado de produção e comercialização de caminhões e ônibus desde 1997, a Iveco registrou um significativo desempenho na produção em 2007, com 5.029 caminhões (Anfavea). Esse número representou cerca de 81% a mais da produção registrada em 2006. Entre os veículos para o auxílio ao trabalho rural é válido destacar o Daily 45S14, lançado em janeiro desse ano. O caminhão da categoria leve possui o entre eixos com 3.450 mm, o qual assegura ao motorista melhor manobrabilidade, menor necessidade de troca de marchas, garantia de retomadas mais ágeis e mais força para superar aclives.
Entre os pesados, o destaque vai para o Iveco Stralis, versão 6×2, com duas motorizações (380 cv e 420 cv). Os modelos possuem um Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 48.500 toneladas, com semi-reboque de três eixos convencionais, 53.000 toneladas com semi-reboque de três eixos distanciados e 57.000 para bitrem. Esses veículos podem ser aplicados no transporte de grãos, madeira, cana-de-açúcar, além de produtos frigorificados.