Coleobrocas são insetos broqueadores que pertencem à ordem coleóptera e que broqueiam, ramos, galhos e troncos das plantas, podendo ocorrer em diversas culturas.
Na citricultura no estado de São Paulo existem três espécies importantes, todas pertencentes à família Cerambycidae, sendo elas Diploschema rotundicolle, conhecida como broca dos ponteiros, Macropophora accentifer, broca do tronco e Epacroplon cruciatum, broca do ramo. As duas primeiras sempre estiveram presentes nos pomares sendo consideradas pragas secundárias e que a partir da década de 80 tem ocasionado sérios prejuízos à cultura, inclusive a erradicação de pomares em algumas regiões.
Já E. cruciatum foi citado como de ocorrência em citros em 1955 nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Estado de São Paulo o primeiro foco do inseto causando prejuízos foi constatado no ano de 2000 no município de Mogi Guaçu.
De uma maneira geral os Cerambicídeos apresentam ciclo anual e os ataques às plantas iniciam pelos primeiros meses do ano. Desta forma, já estamos constatando em alguns municípios do Estado, ataques de D. rotundicolle e de E. cruciatum. A alerta aos produtores se dá pelo fato de que esses insetos possuem um sincronismo bem acentuado com a fisiologia da planta cítrica e um dos principais métodos de controle é a catação de ramos murchos e secos na planta. Os primeiros sintomas para esse ano de 2008 já foram observados, na segunda quinzena de janeiro e irão se intensificar a partir do mês de abril, período de transição do outono para o inverno e inicio do período de seca. Essas mudanças climáticas acarretam uma diminuição no metabolismo da planta, por conseqüência diminuição na translocação do fluxo de seiva o que predispõe o vegetal ao ataque das coleobrocas. É exatamente nesta ocasião que os citricultores devem vistoriar os pomares e dar início à retirada de ramos murchos e secos das plantas (Catação manual). Prática de extrema importância para a redução na população dessas espécies de insetos.