Esse padrão cíclico de desenvolvimento é determinado, em grande conta, pelas condições climáticas e ciclo vegetativo das forrageiras tropicais, com os períodos de desempenho favoráveis dos animais associados á época chuvosa do ano, quando as forrageiras atingem o máximo de sua disponibilidade e valor nutritivo, enquanto as fases de baixo desempenho correspondem aos meses de seca, quando ocorre um declínio acentuado da oferta e qualidade do material forrageiro. De modo geral estima-se que 80% da disponibilidade e qualidade dos pastos concentra-se, em média, nos oito meses de época chuvosa, e o restante nos quatro meses de saca. Embora nem proteína nem a energia estejam presentes nos pastos tropicais em concentrações adequadas para um máximo desempenho animal durante os meses de chuva, os minerais são os nutrientes que mais limitam a produtividade dos bovinos durante esse período.
Existe consenso entre os especialistas em nutrição de ruminantes de que pelo menos 14 elementos minerais são necessários para manter a saúde e o adequado desempenho dos animais. Alguns deles são exigidos em quantidades relativamente elevadas e participam do organismo animal em proporções significativas por exemplo, os ossos são constituídos em grande parte de cálcio e fósforo), sendo por isso denominados macro-elementos. Outros são exigidos em quantidade muito menores, ás vezes insignificantes caso do cobalto, selênio e iodo e são por isso designados microelementos.
Dos minerais anteriormente listados, alguns quase invariavelmente se apresentam os tecidos das forrageiras em concentrações adequadas para atender ás demandas dos bovinos, sem que seja necessário suplementá-los. Este é o caso, por exemplo, do potássio, cloro, cálcio, magnésio, manganês e ferro. Por outro lado, determinados minerais quase sempre estão presentes em concentrações elementos, em concentrações adequadas para atender ás demandas dos bovinos, sem que seja necessário suplementá-los. Este é o caso, por exemplo, do potássio, cloro, cálcio, magnésio, manganês e ferro. Por outro lado, determinados minerais quase sempre estão presentes em concentrações elementos, embora ainda sejam escassas as informações de pesquisa no País sobre a importância prática de sua suplementação bovinos, admite-se, com base exclusiva em resultados de análises de pastos, que o cobre, o zinco, o iodo, o cobalto e o selênio são aqueles que merecem ser incluídos nas formulações minerais. Adicionar aos suplementos aqueles minerais já presentes em concentrações adequadas ou exageradas nos pastos denota desconhecimento da composição dos pastos e/ou das necessidades dos animais, além de encarecer o custo do produto e poucas pesquisas com minerais realizadas até o presente em nosso meio são conclusivas, pois raras são aquelas que mediram a resposta animal a um determinado mineral considerado deficiente. A maioria das noções de deficiência em nossas pesquisas está baseada na composição mineral dos pastos e não na resposta animal. Entretanto, existem informações suficientes para recomendar o uso de misturas minerais de boa qualidade como um dos investimentos de maior retorno em termos de custos/benefício, quando a dieta dos animais é representada exclusivamente por pastagens.
No norte australiano, onde as condições de clima e pastagens são semelhantes e, ás vezes, piores do que as do Brasil Central Pecuário, existe uma norma que indica quando utilizar apenas suplementos minerais (quase sempre apenas fósforo e sal comum), ou misturas que contenham, além de minerais, uma ou mais fontes de proteína e, ás vezes, energia: usam-se os minerais isoladamente como se fossem promotores de crescimento. Assim, se os animais estão ganhando peso, o emprego de misturas minerais sempre melhorará o desempenho. Se estão apenas mantendo ou perdendo peso, de nada adiantará a suplementação apenas de minerais, pois estes são os únicos nutrientes limitantes da dieta de pasto. Em linhas gerais estas duas condições são as que ocorrem respectivamente no período chuvoso e na estação seca, em nosso País, como vimos na introdução do artigo.