Pecuária

Parasita do boi – inimigo do homem

Ao alimentar-se com carne ma cozida contendo cisticercos, o homem adquire a teniase, pela instalação no intestino humano da forma adulta desse parasito.

O médico veterinário José Ricardo Garla de Maio, coordenador da linha de Saúde animal da Tortuga Cia Zootécnica Agrária conta que esse parasito pode medir de 2 a 10 metros, com 1.000 a 2.000 proglotides, sendo que cada um desses possui cerca de 100.00 ovos. Após serem eliminados pelas fezes ovos podem permanecer viáveis no meio por um período bastante variável, podendo resistir até períodos superiores a 1 ano, desta maneira com alta capacidade de infestação. Existe, portanto uma grande necessidade de se tomar cuidado referentes á contaminação dos animais por ovos presentes nas fezes de humanos.

Entretanto, as informações sobre a cisticercose bovina provêm registros dos serviços de inspeção veterinária de carnes em matadouros e frigoríficos. Devido ás diferenças existentes entre os métodos de exame pós-morten das carcaças de animais abatidos para consumo humano. Desta forma, a cisticercose bovina, em ternos econômicos não é uma doença que traga prejuízos durante a fase de criação, sendo esses observados na fase de criação, sendo esse observados na fase final da cadeia produtiva, após o abate, com a condenação parcial ou total das carcaças cisticercóticas.

No Brasil a teníase-cisticercose representa um problema sócio-econômico intimamente ligado á falta de educação higiênico-sanitária da população humana. A prevalência dessa enfermidade tem variado bastante, conforme a região, classe animal com índices que variam 3,0 a 4,0%, embora existam relatos que ultrapassam os 20%.

A alta prevalência da enfermidade nos rebanhos bovinos brasileiros acarreta expressivas perdas econômicas consequentes á condenação de carcaças, ao tratamento térmico de carcaças infectadas, limitações ás exportações e infecções humanas (teníase). A história recente mostra que o problema tem aumentado ultimamente.

Como medidas de controle dessa enfermidade os programas de educação sanitária tem grande importância. Inquéritos epidemiológicos também devem ser instalados para para auxiliar no controle dos problemas relativos ao ser humano. Para controle dos cistos nos animais, trabalhos para a instalação de medidas de controle da cisticercose bovina tem indicado o uso de Albendazole em dosagens superiores as normalmente utilizadas pelo menos 40 dias antes do abate dos mesmos (Soulsby et al.). Recentemente trabalho realizado pela Universidade Federal de Uberlândia, com a utilização de sulfóxido de albendazole, obteve 560 de eficácia na indução de calcificação e morte dos cistos de Cisticercus bovis quando aplicados a 40 dias antes do abate, na dose de 7,5mg/Kg de peso. Esses tratamentos levam a morte dos cistos e dessa forma ocorre um menor risco de condenações de carcaças no abate.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *