É de conhecimento geral no meio pecuário que a utilização da suplementação mineral no rebanho bovino como forma de potencializar o sistema de produção se faz necessária em qualquer fase da vida do animal. Um dos motivos que leva a essa dependência á a baixa concentração de nutrientes encontrados em boa parte das pastagens tropicais brasileiras. Em algumas regiões do país como cerrado, onde o solo e o clima não favorecem as pastagens as deficiências de fósforo e Cálcio apresentadas são bastante significativas.
Para o Dr. Julio Barcellos pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul estes dois macros nutrientes são indispensáveis na dieta dos animais, pois atuam diretamente na sua formação corpórea. Utilizados como base na composição de praticamente todos os suplementos minerais na pecuária moderna. o “Fosfato Bi-cálcio”, é hoje utilizado em larga escala como importante fonte desses minerais e proteínas é de vital importância para manutenção a base de minerais e proteínas é de vital importância para manutenção e crescimento saudável dos animais e que nesse contexto o fósforo e o cálcio são componentes essenciais.
O fosfato Bi-cálcio é um produto criado a partir de um processo químico industrial, onde o minério de fósforo na forma bruta é colocado em reação com uma fonte de calcário também extraído de fontes naturais. Após a realização desse processo são eliminados metais pesados como, chumbo, arsênio que não podem ser utilizados na alimentação animal. Pois de acordo com o pesquisador o fósforo também são utilizados, só que para outros fins em produtos para agricultura.
as principais fontes de extração de fósforo ficam localizados nos estados de Minas Gerais (MG) e Goiás (GO). Atualmente existem no Brasil cerca de cinco dessas minas, todas sobre controle de grandes empresas que atuam no segmento agrícola, que por sua vez sofrem fiscalização rigorosa dos órgãos federais ligados ao Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA).
Na composição dos produtos de suplementação mineral o fosfato bi-cálcio é encontrado em concentrações de até 20% podendo variar de acordo com a necessidade de cada categoria animal. Para uma vaca com bezerro no pé e recém concebida a ração especifica deve possuir uma concentração maior de fósforo. Isso segundo o pesquisador da UFRS agrega maior custo ao produtor final, porque esse composto é o que gera maior custo na composição do produto.
Outra curiosidade contada pelo Dr. Barcellos é que os antigos pecuaristas utilizavam formas de produzir fosfatos pouco convencionais, como a farinha de osso que era composto artesanalmente e misturada na ração dos animais. “Essa tecnologia de fabricação do fosfato Bi-cálcio, existe a cerca de 20 anos e, utilizada de forma correta junto com a suplementação mineral, atende completamente às necessidades de mineralização por fósforo e cálcio dos animais de qualquer espécie dentro da pecuária”.