A participação do governo abrange a realização de pesquisas, obras hidráulicas de uso coletivo, financiamento e capacidade dos irrigantes. Hoje, os projetos públicos ocupam 139 mil hectares, dos quais 97 mil em operação e 42 mil prontos para uso. Seguindo o modelo de desenvolvimento agrário de países desenvolvidos, a participação privada nas inversões financeiras feitas nos perímetros públicos brasileiros é de aproximadamente 65%.
As conclusões foram apontadas no estudo realizado para determinar as diretrizes do projeto Novo Modelo de Irrigação, do Avança Brasil. Diante dos resultados e como coordenador do trabalho, o Banco do Nordeste reafirma a importância de continuar facilitando o acesso ao crédito para irrigantes através de seus mecanismos.
O trabalho relativo ao Novo Modelo de Irrigação, financiando pelo BID e pelo governo brasileiro, planeja ações que desenvolvam o agronegócio para garantir a competitividade, principalmente no mercado internacional. São propostas novas bases conceituais, operacionais e regulatórias. O acompanhamento das modificações legais é uma das ações mais importantes. Já está no Congresso Nacional a proposta de uma nova lei da irrigação que permitirá a associação do setor público com o provado em projetos mistos. Atualmente, o governo continua responsável pela administração da infraestrutura de projetos públicos mesmo depois do pagamento, previsto para ser quitado em um prazo de cinco anos.
O modelo avançado de gestão do negócio da irrigação, chamado no Estudo de empresa-projeto, propõe atrair investimentos privado em grande escala, atingir elevados níveis de coordenação e governança, viabilizar os tipos mistos e privados de projetos, servir referência para o futuro e implantar um negócio de irrigação articulado e estruturando. A gestão é direcionada para as oportunidades de mercados e investimentos, privilegiando aspectos como qualidade, eficiência e competitividade da produção, além da promoção do acesso ás informações para toda a cadeia do agronegócio.