O Dia de Campo da Meira Fernandes apresentou o resultado do abate técnico de novilhos superprecoces ½ sangue Pardo-Suíco de corte (Braunvieh Original) com nelore. Os animais apresentaram precocidade sexual, alta conversão alimentar e excelente acabamento.
O evento, em 11 de novembro, em Buri, SP, teve a presença de 320 pessoas, renomeados nome do segmento. Entre eles, criadores de diferentes raças, empresários, consultores, assessores, técnicos, pesquisadores da pecuária e imprensa especializada vindos de diversas regiões do país, inclusive do exterior, como do Canadá e Suíça.
Segundo o professor da Unesp de Botucatu (SP), Antônio Carlos Silveira, idealizador do novilho superprecoce e líder da equipe técnica responsável pela avaliação das carcaças dos animal abatidos, os resultados foram surpreendentes pela alta performance e qualidade. Com apenas 12 meses de idade, os novilhos da Meira Fernandes apresentaram média de peso de 17,8@, com média de cobertura de gordura de 5,2 mm de 57% de rendimento de carcaça, área de olho de lombo de 80,05 cm2 e força de cisalhamento de 4,6 kg/ Força e de invejável excelência no marmoreio, sem maturação, apenas resfriada por 24h00. “É uma carne de altíssima qualidade, aceita em qualquer mercado do mundo, pelo mundo, pelo mais fino consumidor”, garante o médico veterinário Marcello Anastasio, gerente industrial do Frigorífico Mondelle, que abateu os animais e acompanhou os cortes. “Os padrões apresentados pelas carcaças se encaixam perfeitamente na Cota Hilton, podendo ser exportada para os consumidores mais exigentes da Europa”, diz Marcello.
O custo da produção dos novilhos superprecoces, segundo José Flávio, gira em torno de R$ 28,00 a @, desde a inseminação á saída do confinamento e manutenção da mãe. “ Mesmo com o alto custo é uma atividade de ciclo curto e muito rentável. No confinamento podem ser terminados entre 12 e 13 meses e, a campo, antes dos dois anos de idade”, explica. Contudo, para o criador Fábio Torres, da Fazenda Palmeiras, de Itapetininga (SP), no mercado ainda não existe diferenciação de preços por essa carne de alta qualidade, mas a liquidez é garantida. Assim, José Flávio chama a atenção para a necessidade da formação de grupos de criadores para ofertar um número grande de animais superprecoces de forma constante e homogênea.
Para os representantes da Associação Suíça de Criadores de Braunvieh Original (Pardo-Suíço Corte) presentes no evento, Frans Erni e Hans Nãgelin, alta qualidade da performance dos superprecoces é uma oportunidades fantástica para a entrada da carne brasileira no mercado europeu. “Ficamos muito impressionados com a qualidade do plantel de animais puros da Meira Fernandes, pela excelência no trabalho genético por ela realizado, com o resultado da produção e da alta qualidade da carne dos superprecoces”, comentas Nãgelin.
A qualidade de carne é exigida cada vez mais pelos consumidores em nível mundial. Portanto, devemos produzir animais jovens que preencham esses requisitos. Os produtores devem conhecer capacidade de marmoreio e cobertura de gordura que as suas raças conseguem, ideal entre 4 e 6 mm, pois isso é uma das maiores exigências do mercado a curto prazo, já que dão o sabor e suculência á carne.
Algumas raças sequer apresentam marmoreio, quando jovens ainda com carne, porém, com excesso de cobertura de gordura. Tudo isso desvaloriza a carne e conseqüentemente a raça.
