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ALGODÃO E AS PLANTAS DANINHAS
rev 90 - agosto 2005

1. Plantas Daninhas

1.1. Conceituação

Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm sido ainda descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do homem (Fisher, 1973). Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta que cresce onde não é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de mamona.

1.2. Características das Plantas Daninhas

As espécies daninhas podem germinar, crescer, desenvolver-se e reproduzir em condições ambientais pouco favoráveis, como em estresse hídrico, umidade excessiva, temperaturas pouco propícias, fertilidade desfavorável, elevada salinidade, acidez ou alcalinidade.

As plantas daninhas constituem-se, também, num problema sério para a agricultura porque se desenvolvem em condições semelhantes às das plantas cultivadas. Se as condições edafoclimáticas são propícias à lavoura, o são também para as espécies daninhas, mas, se as condições ambientais são antagônicas às espécies cultivadas, as espécies daninhas, por apresentarem elevado grau de adaptação, podem aí sobreviver e se perpetuar muito mais facilmente. A Figura 1 ilustra o grau de incidência de plantas daninha em área de cultivo de algodoeiro irrigado no litoral do Rio Grande do Norte.

1.3. Impacto das Plantas Daninhas

As plantas daninhas reduzem a produção das lavouras e aumentam seus custos de produção, mas podem, também, causar problemas de ordem social afetando a saúde, as residências, as áreas de recreação e a manutenção de áreas não cultivadas. Além desses aspectos, as plantas daninhas podem afetar a eficiência da terra, o controle de pragas e doenças, produtos agrícolas, o manejo da água na irrigação e a eficiência humana (Ashton & Mônaco, 1991).

2. Competição Plantas Daninhas/Plantas Cultivadas

O algodoeiro, como qualquer planta cultivada, não se desenvolve de maneira isolada, mas com plantas de sua espécie e de espécies diferentes, em populações estreitamente espaçadas e intimamente relacionadas. Na fase de plântula, um espécime não altera o estabelecimento de outro da mesma ou de espécie diferente. A interferência de uma planta sobre outra se inicia quando a demanda, por um ou mais fatores de crescimento, é maior que o suprimento.

Período Crítico de Competição

Denomina-se período crítico de competição o período no qual a presença de plantas daninhas reduz expressivamente o rendimento das plantas cultivadas. Laca-Buendia et al. (1979) trabalhando com algodão em regime de sequeiro, definiram o período crítico de competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro no Estado de Minas Gerais. Para o cerrado do Triângulo Mineiro, o período crítico de competição foi entre o plantio e a sexta semana após a emergência (Figura 2). As espécies daninhas aí predominantes foram: Commelina nudiflora L., Digitaria sanguinalis L. Scop., Althernanthera ficoidea L.r. Br. e Sida rhombifolia L. No Norte de Minas, este período se configurou entre as quarta e oitava semanas após emergência (Figura 2) e as espécies daninhas predominates foram: Sida cordifollia L., Sida rhombifolia L., Merremia aegyptia L. Urban e Ipomoea aristolochiaefolia HBK Don.

3. Métodos de Controle de Plantas Daninhas

3.1. Prevenção

Este método consiste em impedir ou evitar que as plantas daninhas sejam transportadas para áreas agrícolas onde elas ainda não existem. É, em geral, o meio mais prático de combate às plantas daninhas.

3.2. Erradicação

A erradicação consiste na eliminação de todas as plantas e seus órgãos, inclusive das sementes. Este método é difícil de ser realizado, e só é economicamente viável em pequenas hortas e jardins, onde toda massa do solo (1,2m a 2m de profundidade) é removida ou peneirada; no caso de plantio extensivo de culturas é quase impossível o uso da erradicação, pois os custos seriam bastante elevados.

3.3. Controle

Este é o método mais utilizado de combate de plantas daninhas na agricultura e consiste em interromper temporariamente o crescimento e o desenvolvimento das referidas plantas durante o ciclo da cultura, especialmente no período crítico de competição.

3.3.1. Controle Mecânico

Este tipo de controle pode ser manual, através de cultivo a tração animal ou tratorizado.

Preparo do solo

O preparo do solo pode se mostrar um eficiente meio de controle de plantas daninhas, podendo ser realizado com o solo seco ou úmido. O aspecto mais importante neste método é o uso correto do implemento a ser utilizado. A Figura 3 ilustra um tipo de implemento usado no preparo do solo para o plantio do algodoeiro em área irrigada.

Controle à enxada

A enxada é um dos implementos mais utilizados no controle de plantas daninhas na cultura do algodoeiro, especialmente nos países e regiões pobres onde a mão-de-obra é abundante e os custos, baixos. No uso da enxada, os aspectos mais importantes a serem considerados são a profundidade do corte e a época da capina. A profundidade da capina deve ser o mais superficial possível, 3 cm no máximo, para não danificar as raízes do algodoeiro. A limpa superficial deverá ser iniciada logo que as plantas daninhas germinem, pois nesse estágio elas são mais susceptíveis ao controle, não sendo necessário aprofundar a operação.

Controle a Cultivador

O uso de cultivador ainda é o método mais utilizado na cotonicultura. Neste método, recomenda-se levar em consideração, também, a profundidade e a época de operação. Os cultivos devem ser concentrados no período crítico de competição e a operação deve ser iniciada após plantio, dependendo do grau de incidência e se prolongar até os sessenta dias da emergência. Semelhantemente ao processo manual, o agricultor cultivará superficialmente, não excedendo 3 cm de profundidade. Há evidências, na literatura, de que quanto mais amplo o espaçamento, menor a concentração de raízes em torno das plantas e maior o entrelaçamento de raízes nas entrelinhas (Freire & Alves, 1976). Espaçamentos mais largos cultivos mais rasos, portanto.

Controle Químico

Este tipo de controle é realizado através do uso de herbicidas que são produtos químicos que, aplicados em concentrações convenientes às plantas daninhas, matam ou retardam o seu crescimento em benefício das plantas cultivadas. É o método mais empregado na cotonicultura do cerrado. Os herbicidas podem constituir-se num insumo de grande eficiência no controle de plantas daninhas (Figura 4). A Figura 5 ilustra o efeito de herbicida na dessecação da cultura de cobertura no plantio direto em algodoeiro no cerrado goiano.

4. Herbicidas Registrados para a Cultura do Algodão

Alachlor, Alachlor+Trifluralin, Amônio - Glufosinato, Clethodim, Clomazone, Cyanazine, Diuron, Diuron + MSMA, Diuron + Paraquat, Fluazifop - P- Butil, Linuron, MSMA, Norflurazon, Oxadiazon, Oxyfluorfen, Paraquat, Pendimethalin, Propaquizafop, Pyrithiiobac - Sodium, Sethoxidin e Trifluralin (Rodrigues & Almeida, 1998).

Doenças

O cerrado brasileiro, apresenta amplas condições de clima favoráveis ao desenvolvimento de doenças que afetam a cultura do algodoeiro. Algumas doenças consideradas pouco expressivas nas regiões tradicionalmente produtoras despontam no cerrado, podendo ocasionar perdas consideráveis à produção, caso não sejam tomadas as medidas de controle necessárias em tempo hábil.

Principais doenças do algodoeiro no cerrado

Tombamento

É uma doença bastante comum e de ocorrência generalizada em todas as áreas produtoras de algodão do cerrado, sobretudo aquelas onde são verificados maiores índices pluviométricos, podendo causar sérios prejuízos ao estabelecimento da cultura, em função, principalmente, dos efeitos sobre a redução do estande.

Os sintomas de tombamento podem ser observados logo após a emergência das plântulas, nas folhas cotiledonares e primárias, as quais apresentam lesões irregulares de coloração pardo-escura. Estas lesões também podem ser observadas no caule da plântula, na mesma face de inserção da folha e imediatamente abaixo do coleto. Essas lesões, ao circundarem todo o caule, induzem o tombamento e morte da plântula. Entre os patógenos causadores de tombamento podem-se destacar os fungos dos gêneros Colletotrichum, Fusarium, Pythium e Rhizoctonia, sendo este último o mais importante. O controle da doença é feito por meio do tratamento de sementes.

Ramulose

Doença causada pelo fungo Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides é caracterizada por ocasionar encurtamento dos internódios e superbrotamento da região apical, dando aspecto de vassoura aos ramos terminais (Figura 1). É uma das mais importantes doenças do algodoeiro, particularmente no cerrado. Alta pluviosidade e fertilidade do solo, temperaturas entre 25º e 30ºC e umidade relativa do ar acima de 80% favorecem a ação do fungo. O controle é realizado através do uso de cultivares resistentes: as principais recomendadas pela Embrapa são: BRS Aroeira e BRS Sucupira.

Mancha angular

A mancha angular é causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum e caracteriza-se por apresentar manchas foliares de formato anguloso, delimitadas pelas nervuras. As manchas, de início oleosas (Figura 3) adquirem posteriormente, aspecto necrótico e apresentam coloração marrom ou parda-escura. As lesões também podem se localizar ao longo das nervuras principais, formando uma zona necrótica adjacente a estas; nos caules e ramos podem ser observadas lesões deprimidas, escuras e alongadas, podendo atingir vários centímetros de comprimento no sentido longitudinal, enquanto nas maçãs, lesões circulares inicialmente encharcadas de coloração verde escuro, são formadas na parede do carpelo e posteriormente se tornam escuras e causam a podridão das maçãs. O controle desta doença é feito unicamente com o uso de cultivares resistentes. O controle químico com o uso de antibióticos é de elevado custo e de eficiência duvidosa. As principais cultivares recomendadas para controle são: BRS Aroeira, BRS Ipê e BRS Sucupira.

Mancha branca ou mancha de ramulária

Causada pelo fungo Ramularia areola, caracteriza-se por apresentar manchas esbranquiçadas, de formato anguloso em ambas as superfícies foliares; sob condições de alta umidade e ambientes sombreados, sobretudo no terço inferior da planta pode afetar o algodoeiro ainda precoce e ocasionar queda de folhas (Figura 4). Lesões com as mesmas características daquelas ocasionadas nas folhas, podem ocorrer nas brácteas; não é comum sobre plântulas, em especial nos cotilédones, porém quando ocorrem, os cotilédones se tornam cloróticos e avermelhados e há queda de folhas. Não existem cultivares resistentes, porém existem algumas tolerantes tais como a BRS Sucupira, BRS Ipê e BRS Aroeira. A Cultivar BRS Antares é altamente suscetível. O controle químico em cultivares suscetíveis deve se iniciar a partir dos 40 dias após a emergência utilizando-se os fungicidas.

Manchas de alternária e estefilium

Causadas pelos fungos Alternaria sp e Stemphylium solani. Caracterizam-se por apresentar manchas necróticas circulares no início, evoluindo para manchas irregulares no caso de S solani e circulares com anéis concêntricos quando ocasionadas por Alternaria sp. São cíclicas, não obedecendo um padrão lógico de ocorrência a cada ano. As cultivares da Embrapa recomendadas para o cerrado apresentam resistência a estas doenças. O controle químico pode ser feito utilizando-se fungicidas estanhados.

Murcha de fusarium

Doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum Os sintomas caracterizam-se pela murcha das folhas e ramos. Muitas plantas jovens podem morrer em poucos dias após os primeiros sintomas externos serem observados, comuns quando as plantas encontram-se com, aproximadamente seis semanas de idade. Algumas plantas afetadas podem sobreviver à doença emitindo novas brotações próximas ao solo mas, em geral, os ramos originados a partir desses novos brotos não são produtivos. As plantas mortas perdem todas as suas folhas e as pequenas brotações caem, permanecendo apenas o caule enegrecido. A maioria das plantas que não morrem, sofrem severa redução de crescimento. Os sintomas internos caracterizam-se pela descoloração dos feixes vasculares os quais sofrem bloqueio impedindo a livre circulação de água e seiva bruta para a parte aérea, induzindo a murcha (Figura 6). A murcha de fusarium é ainda mais severa quando ocorre associada com nematóides, especialmente os do gênero Meloidogyne, Rotylenchus e Pratylenchus formando o que se convencionou chamar de complexo fusarium-nematóide. O controle desta doença é feito somente através de cultivares resistentes. A Embrapa recomenda o plantio da BRS Aroeira nas áreas de cerrado, sobretudo de Goiás, onde a murcha de fusarium tem ocorrido.

Doença Azul

É uma doença de natureza virótica cujo agente causal ainda não foi descrito, caracteriza-se por induzir o encurtamento dos entrenós, o que acarreta redução do porte das plantas (Figura 7). As folhas apresentam palidez das nervuras, curvatura das bordas para baixo e rugosidade. A doença tem como vetor o pulgão Aphis gossypii. Os sintomas desenvolvem-se ente nove e 28 dias após a inoculação. O controle da doença é feito com cultivares resistentes e com o controle do vetor através da pulverização com inseticidas. As principais cultivares resistentes são: BRS Aroeira e BRS Sucupira. As cultivares BRS Ipê e CNPA Ita 90 apresentam suscetibilidade a esta virose.

A cultura do algodão é de grande expressão socioeconômica para os setores primário e secundário do Brasil. Todavia, as pragas constituem-se um dos fatores limitantes para sua exploração, caso não sejam tomadas medidas eficientes de controle. Dentre as pragas que atacam o algodão cultivado no cerrado, destacam-se: as brocas (Eutinobothrus brasiliensis e Conotrachellus denieri), a lagarta rosca (Agrotis spp.), os pulgões (Aphis gossypii e Myzus persicae), o tripes (Frankliniella spp.), o percevejo de renda (Gargaphia torresi), o curuquerê (Alabama argillacea), o bicudo (Anthonomus grandis), a lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens), as lagartas do gênero Spodoptera (S.frugiperda e S. eridania), a lagarta rosada (Pectinophora gossypiella), os ácaros (Tetranychus urticae, Polyphagotarsonemus latus), os percevejos (Horcias nobilellus e Dysdercus spp.) e a mosca branca (Bemisia tabaci).

Para o controle de pragas a Embrapa preconiza o uso do sistema de manejo integrado de pragas - MIP, o qual é constituído de várias estratégias de controle. Todavia o sucesso no emprego dessas estratégias dependem da utilização de métodos de amostragens, para determinação dos níveis de controle das pragas e da ação dos inimigos naturais, visando otimizar o emprego de inseticidas.

Amostragem de pragas

Tomadas de decisões que visem aumentar e preservar as populações de inimigos naturais dentro do agroecossistema algodoeiro, são ações promissoras, técnica e ecologicamente viáveis, que poderão resultar em grande economia para os cotonicultores, na melhoria da qualidade do meio ambiente e na redução dos problemas de saúde pública decorrentes do uso indiscriminado de produtos químicos. Portanto, é necessário que o cotonicultor esteja apto em reconhecer as pragas e seus inimigos naturais que, porventura, venham a ocorrer durante o ciclo da cultura, realizando amostragens periódicas na lavoura para uma tomada de decisão inteligente e que seja econômica, social e ecologicamente indicada para as condições de sua empresa.

Geralmente, as amostragens deverão ser feitas em intervalo de cinco dias, tomando-se aleatoriamente 100 plantas em talhões com até 100 ha, área homogênea, através do caminhamento em ziguezague, dentro da cultura de tal maneira que se observem plantas que estejam bem distribuídas na cultura. Para amostrar o curuquerê em cada planta deve-se examinar a terceira folha, contada a partir do ápice para a base. No caso do bicudo, deve-se observar um botão floral de tamanho médio, tomado aleatoriamente, na metade superior da planta, a fim de se verificar a presença ou não de orifícios de oviposição e\ou alimentação. As amostragens visando o bicudo, deverão ser feitas a partir do surgimento dos primeiros botões florais até o aparecimento do primeiro capulho na cultura.

Estratégias de controle

O manejo integrado de pragas tem como base fundamental a integração de várias estratégias de controle de pragas, tais como: manipulação de cultivar, controle cultural (plantio, conservação do solo e adubação, densidade de plantio, catação de botões florais e maçãs caídas no solo, destruição dos restos de cultura e rotação de cultura), controle climático, controle biológico e controle químico. A seguir, serão apresentadas as principais estratégias para o controle das pragas do algodoeiro.

Manipulação de cultivar e plantio

Sugere-se a utilização de cultivares produtivas de algodão de ciclo curto resistentes a virose e uniformidade da época de plantio, sempre que possível, em áreas e períodos comprovadamente com menor incidência de pragas, visando quebrar a sincronia entre a fonte alimentar da praga e sua ocorrência, além de possibilitar a antecipação da colheita e, conseqüentemente, a destruição precoce dos restos de cultura.

Conservação do solo e adubação

A utilização correta do solo, baseada em recomendações técnicas de preparo e adubação, constitui-se em ferramenta indispensável para manutenção da sua fertilidade e estrutura, contribuindo diretamente para a formação de plantas vigorosas e, portanto, menos vulneráveis ao ataque de pragas.

Densidade de plantio

A densidade de plantio deverá ser constituída de tal maneira que se evite o adensamento excessivo da cultura, facilitando a penetração dos raios solares e o deslocamento de gotas da calda do inseticida até o alvo biológico.

Controle climático

Nas regiões brasileiras cujas condições edafoclimáticas são caracterizadas por insolação excessiva, tem exercido um papel preponderante na redução populacional de pragas. A insolação aumenta a taxa de evaporação da água presente no solo e nos insetos, funcionando como fator limitante para a sua sobrevivência, principalmente da broca e do bicudo.

Controle Biológico

Sugere-se efetuar, uma vez por semana, liberações inundativas de 100.000 ovos parasitados/ha, pela vespinha Trichogramma pretiosum no momento do aparecimento na lavoura de lepidópteros-praga, como: curuquerê, lagartas do gênero Spodoptera spp., lagarta rosada e lagarta-das-maçãs. A liberação deverá ser feita com 15 cartões de 2 pol2 contendo ovos parasitados distribuídos em 15 pontos equidistantes entre si por ha. Outra alternativa é efetuar pulverizações com o inseticida microbiológico a base de Bacillus thuringiensis, na dosagem comercial de 8-16 e 16-32 g.i.a./ha, respectivamente, quando o curuquerê e a lagarta-das-maçãs atingirem o nível de controle. Deve-se ter bastante atenção para a presença de predadores (joaninhas, sirfídeos, bicho-lixeiro e aranhas) e parasitóides (vespinha: Lysiphlebus testaceipes) do pulgão na lavoura, obedecendo ao nível de ação desses inimigos naturais (Tabela 1). A tecnologia da produção de Trichogramma pretiosum encontra-se à disposição de cotonicultores, na Embrapa Algodão.

Controle Químico

O controle químico das principais pragas do algodoeiro somente deverá ser efetuado quando necessário, ou seja, quando a praga atingir o nível de controle (Tabela 1). Até o aparecimento das primeiras maçãs firmes (cerca de 70 dias), não devem ser utilizados inseticidas piretróides. A escolha dos inseticidas químicos deverá contar com a participação efetiva de um agronômo, sendo então, levado em consideração a eficácia, a seletividade, a toxicidade, o poder residual, o período de carência, o método de aplicação, a formulação e o preço.

Destruição dos restos de cultura

Imediatamente após a colheita, deve-se proceder à destruição dos restos de cultura, tais como: raízes, caules, botões florais, flores, maçãs, carimãs e capulhos não colhidos, respectivamente, através do arranquio e/ou coleta, para destruição e incorporação no solo. A destruição dos restos de cultura no final da safra visa quebrar o ciclo biológico das pragas, através da eliminação dos sítios de proteção, alimentação e reprodução.

Rotação de cultura

O cultivo alternado do algodoeiro com outras culturas, em sucessões repetidas, adotando-se uma seqüência definida, além de contribuir para a redução de pragas específicas associadas a uma delas, concorre favoravelmente para a melhoria das condições físicas e químicas do solo.


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