Ademerval
Garcia, presidente do Fundecitrus e da Associação
Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus),
afirma que a produtividade dos pomares brasileiros alcança
2.4 caixa por pé, enquanto nos Estados Unidos, um dos
grandes produtores mundiais, a produtividade sobe para 3.5
caixa por pé. Sabe-se também que a produção
norte-americana resulta grande parte dos pomares irrigados,
o que não acontece no Brasil.
Outra
diferença consiste no fato de os norte-americanos plantarem
50% dos pomares com variedades precoces, como a Hanlin e Washington
Navel. Os 50% restantes incluem a variedade Valência
e outras. No Brasil, mais da metade dos pomares é composto
pela variedade Pêra, além de Valência,
Natal e Hanlin.
Conforme
dados da Abecitrus, as exportações de suco concentrado
na safra 96/97 somaram 1,138 milhão, dos quais 789
toneladas para a União Européia, 193 toneladas
para os Estados Unidos, 108 toneladas para Ásia, e
30 toneladas, para outros mercados. O total de exportação
correspondeu a US$ 1,168 milhão.
Já
na safra 97/98, o total subiu para 1,218 milhão. A
União Européia manteve a posição
de maior importadora, com 867 toneladas; seguida pelos Estados
Unidos, com 204 toneladas; Ásia, 108 toneladas; e demais
toneladas. As exportações somaram US$ 1,091
milhão.
A
expectativa para a safra 98/99 é de exportação
de suco em torno de 1,100 milhão de toneladas e entre
US$ 1,200 milhão e US$ 1,300 milhão. A União
Européia responde por 70% das exportações
de suco concentrado, enquanto os Estados Unidos registram
15%, a Ásia 10%, e demais mercados, 5%. O Brasil é
o maior produtor mundial de suco concentrado; seguido pelos
Estados Unidos, com 8%; União Européia, com
6%;México, com 3%; e demais mercados, com os 3% restantes.
Ainda de acordo com dados da Abecitrus, a produção,
na safra 96/97, foi de 363 milhões de Caxias com 40,8
kg cada; enquanto o processamento totalizou 268,1 milhões,
e o mercado interno consumiu 93 milhões. Na safra seguinte,
a produção saltou para 428, milhões,
o processamento alcançou 318 milhões e o mercado
interno absorveu 110 milhões. Na safra 98/99, os números
alcançaram 330 milhões para produção,
279 milhões, para o processamento, e 51 milhões,
para consumo. A queda da produtividade deveu-se ao fenômeno
climático El Niño. Para a safra 99/00, estima-se
produção de 388 milhões para o mercado
interno.
Do total da produção de laranjas, 70% transformaram-se
em suco exportado. Os restantes 30% representavam a fruta
fresca, dos quais dois terços permanecem no Estado
de São Paulo e um terço é encaminhado
para outras regiões do país.
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