O
Agrishow 99 - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola
em Ação correspondeu ás expectativas.
O encontro, realizado entre 26 de abril e 1ºde maio,
em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, reuniu
350 expositores e 600 fabricantes, que se espalham por 250
ha da área total da antiga Estação Experimental
Ney Bittecourt de Araújo, atual Núcleo de Agronomia
da Alta Mogiana. Ao longo do encontro, que movimentou R$ 750
milhões em vendas, 105 mil visitantes puderam observar
as dinâmicas, de área de 180 ha, onde 340 máquinas
e implementou demonstraram diariamente a potencialidade para
preparo de solo, plantio, pulverizações, distribuição
de fertilizantes e colheita.
A
feira, com promoção da Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamento
(Abimaq) em conjunto com a Associação Brasileira
de Agribusiness (Abag), e Associação Nacional
para Difusão de Adubos (ANDA), transformou-se em evento
internacional, desde 1996. Mas ainda: mantém características
diferenciadas, já que se trata de um encontro de negócios
e tecnologia.
Ainda
durante o encontro, empresas e instituições
expositoras realizaram palestras técnicas e painéis.
O auditório Agrishow, por exemplo, apresentou temas
como agricultura de precisão, mercado futuro, agricultura
sustentável, legislação tributária
e ambiental sobre imóveis rurais, biotecnologia, encargos
tributários na agricultura e tendência de mercado
e mecanismos de comercialização na agricultura.
O Agrishow também organizou um seminário internacional
O Agribusiness na integração das Américas,
promovido pela Associação Brasileira de Indústria
e Equipamentos (Abimaq) e pelo Conselho de Câmeras de
Comércio da América. Discutiu-se também
uma série de temas como O Papel do Mercosul, O papel
da Comunidade Andina de Nações, O papel do Nafta,
Caricom e Mercado Comum Centro - Americano. Participam do
seminário consulados e câmeras de comércio
das Américas.
A exemplo do ano passado, a Bolsa de Mercadorias & Futuro
(BM&F) preparou uma programação especial
para o Agrishow. Durante os dias 27,28 e 29, às 11
h, técnicos da instituição apresentaram
aulas sobre mercado Futuro nos dias 27, 28 e 30, sempre à
tarde, a entidade programou palestras com temas ligados a
mercado futuro.
O mercado presente mostrou-se animador. Até o ano passado,
apenas o Banco do Brasil e o Bradesco participavam do Agrishow.
Neste ano, a oferta de financiamento foi ampliada com a integração
do Banco Real e do Banespa. José Acir, gerente da Agência
Agrishow, do Banco do Brasil, lembra que a instituição
participa da feira desde 1994, o que a torna pioneira no evento.
Entusiasmo, ele conta que a agência teve movimento 60%
superior ao ano passado, o que significa empréstimos
em torno de R$ 60 milhões.
Esses, direcionados a máquinas implementos, obedecem
a duas linhas principais. A primeira, o Finame prefixado,
do BNDES, com juros de 11,95% ao ano, até cinco anos,
sem teto. E a segunda, o MCR, crédito rural, com juros
de 8,75% ao ano, mais variação de TR, teto de
R$ 40 mil por produtor, prazo de três anos. Na opinião
dele, o público do Agrishow aumenta o perfil comprador
a cada ano. Mais: se, durante os encontros futuros, o público
visitante mantiver números estáveis, ainda assim
os negócios tendem a crescer.
O entusiasmo do público pelos negócios é
partilhado por Celso Eduardo do Nascimento, gerente regional
do Banespa, em Ribeirão Preto. O banco, pela primeira
vez na feira, concedeu 980 financiamentos, com valor aproximado
de R$ 15 milhões. Os empréstimos também
obedeceram às normas do Finame e MCR. Os resultados
superaram expectativas, garante.
Também pela primeira vez na feira, o Banco Real superou
o total de R$ 20 milhões, inicialmente considerando
para o evento. José Maurílio Pereira, gerente
de Apoio á Divisão de Agribusiness, supreendeu-se
com altos níveis de tecnologia e dos produtos expostos.
O banco concedeu empréstimos baseado nas linhas de
financiamento MCR e Finame prefixado.
Já o Bradesco, que participa pelo segundo ano, registrou
R$ 60 milhões de financiamentos e consultas de 1.568
produtores, entre clientes e não clientes. Os empréstimos
obedeceram às normas do Finame e MCR. O Volume superou
as expectativas do banco.
Entre as inúmeras novidades, o Agrishow concentrou
alguns produtos na área de agricultura de precisão
na área de agricultura de precisão. A AGCO do
Brasil, por exemplo, lançou duas colheitadeiras Massey
Ferguson. Os modelos MF34 e MF38 apresentam computador a bordo,
Datavision II, e o opcional Fildstar, que permite mapear a
produtividade da lavoura, pois registra produção
e a posição da máquina a cada metro de
área colhida. Dessa forma, é possível
identificar os variados índices de produtividade e
as correções necessárias. As colheitadeiras
podem ser usadas as culturas de milho, soja, trigo, sorgo,
arroz e feijão, entre outras. Também na linha
de agricultura de precisão, a Jacto lançou uma
série de produtos. O Uniport, marcação
de linha visa satélite, utiliza o GPS, constelação
composta por 24 satélites comandados por computador,
para aplicação de defensivos em qualquer parte
da lavoura. Os satélites permitem que cada metro quadrado
da face da Terra tenha um endereço próprio durante
24 horas por dia.
O Uniport com GPS é dotado de um receptor de sinais
de satélite que envia sinais à Terra, continuamente.
Exatamente esses sinais permitem o posicionamento do pulverizador
em relação a pontos conhecidos. Dessa forma,
é possível saber a latitude e a longitude em
todos os locais onde o pulverizador estiver trabalhando. Com
o auxílio da barra de luz, aparelho que indica ao operador
o trajeto a ser realizado, é possível realizar
as passadas do pulverizador de forma paralela. O Uniport com
GPS realiza a aplicação precisa de defensivos
dia e noite e mantém a dosagem correta em toda a área
trabalhada.
A Jacto também apresentou o sistema injeção
Direta de Defensivos (IDD), pulverização que
permite a injeção direta de produtos químicos
no circuito de líquido, por meio de dosadores de alta
precisão, e dispensa a mistura no tanque de água
do pulverizador.
O sistema pode operar com até seis tipos de defensivos,
simultaneamente, aplicados individualmente ou em conjunto.
A aplicação de dosagens correta é garantida
por um sistema de controle eletrônico de pulverização,
independentemente da velocidade do trabalho. O sistema de
IDD pode estar ligado ao GPS e aplicar diferentes produtos
e dosagens, em função de informações
previamente fornecidas ao computador.
Seguindo a linha de agricultura de precisão, a New
Holland mostrou colheitadeiras equipadas com GPS e monitor
de produtividade. O monitor, instalado na cabine do operador,
aponta quantos quilos de grãos por hectare estão
sendo produzidos na área colhida. Um dos novos modelos,
o TC55, participou das apresentações dinâmicas.
A empresa mostrou também as linhas TC, TX e TR, já
tradicionais. Também na linha de agricultura tradicional,
a Semeato lançou semeadoras adubadoras para grãos
finos e pastagens. As semeadoras TDX/TDAX são indicadas
para plantio direto, plantio convencional e cultivo mínimo
de culturas de grãos finos, como trigo, aveia, azevém
e arroz. As máquinas distribuem o adubo e as sementes
no solo de maneira uniforme, sem necessidade de arar, gradear
ou nivelar o solo, mas semeando sobre o resto da cultura anterior.
A empresa lançou oito modelos: TDX 2500, TDAX 2500,
TDX 3500, TDAX 3500, TDX 3800, TDAX 3800, TDX 4500, TDAX 4500.
Ainda para plantio direto e também convencional, a
Tatu Marchesan apresentou a plantadeira adubadeira PST Ultra.
A máquina atende ás necessidades da agricultura
de precisão, pois tem capacidade para receber recursos
tecnológicos para a distribuição constante
ou distribuição variável de abubo constante
inclui motores hidráulicos, rodas e monitor. E a distribuição
variável, motores hidráulicos, antena DGPS,
receptor DGPS, monitor, radar e motores hidráulicos.
A PST Ultra também registra discos com diferentes furos
para milho, soja, feijão, algodão, arroz, sorgo
e girassol.
Para os criadores, a Agro Form lançou o desmanchador
picador de fardos cilíndricos e retangulares. O equipamento,
importado da Itália, mas com fabricação
no Brasil prevista para os próximos quatro meses, tem
capacidade para desintegrar um fardo de pré-secado
de 600 Kg em dois minutos e meio. Já um fardo de feno,
com 300 Kg, exige apenas um minuto e meio. A máquina
também tem capacidade de jogar o fardo no cocho ou
á distância de 6m, para cama do gado. O manuseio
da máquina é simples, pois a plataforma traseira,
que suspende o fardo, é hidráulica. Para a movimentação
da máquina, basta um trator com 60 CV.
Produtos destinados á construção de cercas
foram apresentados pela Gerdau. O arame ovalado e o mourão
de aço são os principais produtos. O arame ovalado
foi testado por usuários ao longo do país, quando
definiram a resistência do fio, tamanho do rolo e tipo
de embalagem. O mourão de aço, introduzido há
três anos, apresenta acabamento azul, branco e galvanizado,
Fabricado em aço alto carbono, o produto é ecologicamente
correto, já que substitui os similares em madeira e
tem vida útil em torno de 20 anos. O produto é
entregue para o consumidor furado para a receber o arame.
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